Elevada a primeira Câmara Municipal do Tijuco

15-03-2011 23:00

 

Elevada a Vila, a primeira Câmara Municipal do Tijuco instalou-se a 4 de Junho de 1832.

            “Cópia da ata da Eleição dos vereadores que hão formar a Nova Câmara Municipal da Vila do Tijuco. – Aos vinte, e oito dias do mês de Maio do Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo  do mil oito centos, e trinta, e dois anos umdecimo da Independência, e do Império, nesta Vila do Príncipe Comarca do Serro Frio na Sala da Câmara dita aí em virtude da Resolução do Excelentíssimo Conselho do Governo da Província de Vinte, e hum de Fevereiro do presente ano, por bem do Decreto de Treze de Outubro do ano passado se reunirão os Senhores Presidente, Vereadores abaixo assinados, tendo se já na conformidade da Lei digo na conformidade do Artigo dez do Título primeiro da Lei do primeiro de Outubro de mil oito centos, e vinte, e oito apurado as Cédulas da Eleição dos Vereadoress que hão de formar a Câmara Municipal da nova Vila do Tijuco; cuja apuração teve princípio, em Sessão Extraordinária de Vinte  e tres do mês Corrente a postas abertas, e anunciado por Edital da Câmara, na conformidade do Sobredito Artigo dez: cujas Cédulas sendo contadas  se achou ser o número total delas, mil cento, e trinta e, três: a saber da Paróquia da Vila do Tijuco, quatrocentas e dezesseis, porque sendo inviadas á Câmara quatrocentas, e dezenove, achou-se entre elas duas da Eleição de Juízes de Paz com rótulos para Vereadores; e uma de José Leite de Freitas Guimarães que foi rejeitada por ser o dito Estrangeiro Português. Da Paróquia do Rio Preto, cento e setenta e sete, porque sendo inviadas cento e setenta e oito, foi rejeitada, uma da cidadão Francisco Gonçalves Seixas, porque sendo morador na Aplicação do Rio Vermelho pertence ao município desta vila: Do Curato do Andrequicé Setenta, e uma do da Chapada cento e dezesseis porque sendo enviadas cento e dezenove, foram rejeitadas três por virem sem assinatura do votantes: Da Gouveia cento e trinta, porque sendo enviadas cento e oitenta e cinco, não se apurarão quarenta e oito, por virem abertas, e sete sem assinaturas dos votantes. Do do Rio Manso noventa e cinco, porque, sendo enviadas, noventa e sete, vieram duas sem serem assinadas. Do de Curimataí, quarenta e cinco, porque sendo quarenta e seis, veio uma sem assinatura do votante. Do Inhaí, noventa e duas, mas só se apurarão setenta e três por virem nove, sem assinatura; resolvendo a Câmara que não se apurasse um masso de cédulas enviadas pelo Juiz de Paz do “Pissarão” por virem abertas, o que cosnta do Ofício do referido Juiz de Paz. Cujas mil cento e trinta e três cédulas, sendo apuradas com ás formidades da Lei obtiverão votos para vereadores os seguintes senhores – João Pires Cardoso, quatrocentos e quatro votos. O Cônego Joaquim Gomes de Carvalho, trezentos e noventa e oito. Padre Bento de Araújo Abreu, trezentos e noventa e cinco. O Vigário João Floriano dos Santos Correa, e Sá, trezentos e cinquenta e oito. Doutor Antonio Teixeira da Costa, trezentos e trinta e três. Francisco José de Vasconcelos Lessa, trezentos e vinte e sete. Manoel Vieira Couto, duzentos e noventa e oito. Vila do Príncipe Sala da Câmara em Sessão Extraordinária de 28 de maio de 1832.

Bento de Araújo Abreu – Presidente. Antônio José dos Santos.

João Nepomuceno de Almeida.

Joaquim Vieira de Pina.

Valeriano Fidelis do Carmo.

A Estrela Polar, Primeira Câmara do Tijuco, pág. 4, 1938.