Os viajantes ingleses e a representação no Brasil - parte 2

19-11-2013 23:53

É interessante perceber que tais homens, que se fixaram no Brasil para se dedicar ao empreendimento da mineração, levavam adiante uma parte significativa da conquista do território, que não prescindia de suas estratégias simbólicas. Mesmo a coleta de dados geográficos, como preconizada pela Royal Geographical Society, e muitas vezes menosprezada pelos viajantes (como era o caso de Burton), era cumprida pelas companhias como parte de suas práticas de investigação do solo e, também, de divulgação de resultados. Como um exemplo dessa dinâmica, vejamos o Mapa dos Principais Distritos Mineradores da Província de Minas Gerais no Império do Brasil, datado de 1835 e constante do dossiê de tombamento dos conjuntos das ruínas de Gongo Socco, dos arquivos do IPHAN-MG, com data de 1995. Sabe-se, de acordo com Paul Ferrand[32] e Roberto Borges Martins,[33] que a mina de Gongo Socco, perto de Caeté, foi explorada desde 1824 até 1856, pela Imperial Brazilian Mining Association, e que no período compreendido entre “a independência e e a metade do século XIX foram formadas” outras cinco companhias inglesas para operar em Minas Gerais”, dedicadas à mineração do ouro. O mapa acima referido não está integro, mas podemos inspecionar a porção que se estende da Serra do Itacolomi, próximo de Ouro Preto e Mariana, na parte inferior ou meridional do mapa, até a Serra do Espinhaço, nas proximidades de Vila do Príncipe, atual Serro, na parte superior ou setentrional do mesmo, e com a região de Caetés, Gongo Socco e Cocais retratada entre esses dois extremos.

O mapa em questão retrata os locais de mineração, ressaltando as cadeias de montanhas, a hidrografia em detalhes, os centros mineradores e os vilarejos, com as rotas que os conectavam, sem deixar de assinalar os perigos que rondavam a região (os botocudos, wild indians). Tal conhecimento detalhado, muito mais do que sua utilidade prática no trabalho de exploração do minério, servia principalmente à finalidade de evidenciar a um possível investidor das companhias de capital aberto a viabilidade de seu investimento em Minas Gerais.

Se o espaço físico retratado no mapa está, ao menos retoricamente, destrinchado em seus detalhes, catalogado da forma como se esperaria da prática científica e dos domínios tecnológicos da mineração, um último exemplo do próprio Richard Francis Burton pode nos ajudar a entender melhor o significado subliminar da presença britânica na mineração do ouro de minas Gerais no período. A imagem de abertura do primeiro volume de Burton sobre o Brasil, dedicado principalmente à descrição da viagem à região do ouro de Minas Gerais, é a revista dos negros em Morro Velho, gravura feita a partir de fotografia de Augusto Riedel, de 1864.[34]

Tal gravura, publicada anteriormente no livro de Bernard Hollowood, de 1955, acerca da História da Mineração de Morro Velho, era um tema recorrente nas estratégias de divulgação dos empreendimentos mineradores no Brasil. A preocupação subliminar desse tipo de imagem, composta para o registro fotográfico e retocada para se perpetuar como gravura, era documentar a ordem, o controle e a disponibilidade de mão-de-obra. Imagens do Brasil ocupavam os noticiários voltados a homens de negócios e investidores em Londres, como se pode ver no The Illustrated London News, de 20 de Janeiro de 1849, onde há uma notícia das Minas de Ouro do Brasil, comandadas pela Saint John Del Rey Mining Company, ilustrada por gravuras das instalações da mina de Morro Velho, em elegantes e assépticos desenhos a bico de pena, e documentada por um resumo dos balancetes da companhia, que testemunhavam um lucro de 3000 libras por mês a seus acionistas. A preocupação com a ordenação e a racionalização do espaço que povoava anúncios dessa espécie era da mesma ordem que Burton testemunhara em sua visita e que ele representara de forma esquemática em seu livro. A descrição que segue em seu livro sobre o episódio retratado tem a aura de um testemunho: mais de mil negros perfilados, entre escravos e libertos, todos uniformizados, em um ritual tipicamente militar, esperando sua vez, um por um respondendo à chamada para receber o pagamento, o que era realizado de dois em dois domingos.

É curioso não haver no livro de Burton sobre o Brasil uma representação geográfica ordenada em um mapa, indicando seu trajeto, com os pontos onde agora se concentrava a principal atividade econômica da região, explorada pelos ingleses. Mas é evidente que a imagem selecionada por Burton representava os membros do império britânico como os ordenadores do espaço, efetivando a conquista real e simbólica do território colonial por meio de um exemplo. Pode soar esquisito para um ouvinte contemporâneo denominar isso de um futuro Grand Tour, como propusemos (a partir de expressão lançada por Burton) no início de nossa exposição. Mas isso é o que estava representado também na viagem para a Itália que os filhos de aristocratas ingleses empreendiam no século XVIII: admirar como os romanos ergueram a partir do centro irradiador de uma cidade, Roma, um mundo ordenado, um Império, onde a riqueza e a efetivação da posse real e simbólica dos territórios periféricos eram possíveis por meio da exploração do trabalho dos povos submetidos, seja em regime de parceria seja coercitivamente pelo instrumento da escravidão.[35] Não havia dilemas éticos envolvidos nessa empreitada.

Já é um lugar comum da historiografia sobre o império britânico aproximá-lo do império romano, mas isso se deve ao fato das imagens do Império antigo povoarem a retórica moderna, principalmente no período vitoriano, sendo usadas ativamente pelos britânicos.[36] Ainda no início do século XX, o político e polímata britânico John Enoch Powell diria que seria necessário agir “como um romano” para que a Inglaterra não sucumbisse às dinâmicas do império.[37] No século XIX, os filhos dos aristocratas iam para Roma, enfrentando inúmeros percalços, estalagens decadentes, estradas perigosas (que não estavam ausentes do roteiro brasileiro), para ver as ruínas de um mundo que fornecera modelos para a posteridade, visíveis naquele período apenas na placidez dos mármores decaídos, nas colunas austeras que ainda restavam intactas, mas que rescendiam um mundo que impusera ordem tanto às pedras quanto às pessoas. Há, entretanto, uma peripécia no Grand Tour de Burton: pois os ingleses agora eram como os romanos, que ofereciam modelos de civilização para serem admirados no interior do Brasil, construindo vilas, ordenando o espaço e revitalizando o outrora decadente setor mineral. Devemos considerar que para um público inglês investidor a ética impressa na imagem selecionada por Burton para ilustrar sua empreitada em Minas Gerais talvez falasse de um pragmatismo a ser admirado. Há aqui uma distinção aguda entre, por um lado, a política de estado britânica, que condenava a escravidão e buscava promover, pelo constrangimento político, a abolição no Brasil, o que contribuiria para configurar o país como um mercado consumidor mais atraente para os exportadores, e, por outro, a ética de um povo que se sentia orgulhoso de sua capacidade de demonstrar poder e conquistar riqueza fora de seus domínios territoriais.

CRÔNICAS, ESTUDOS E TRATADOS:

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Anexos:

1.

Map of South America, extending from the Equator to the Parallel of 44 Degrees, In:

CALDCLEUGH, Alexander, Travels in South America, during the years 1819-20-21, containing an account of the present state of Brazil Buenos Ayres e Chile. Volume II. John Murray, Albermale Street: 1825.

2.

Brazil, In: SYMONDS, J. C. Recollections of a happy life, being the autobiography of Marianne North. Volume II. New York: Macmillan, 1894.

3.

Provinces of Minas-Geraes and Espirito Santo, In: DENT, H. C. A Year in Brazil, with notes on the abolition of slavery, the finances of the Empire, religion, meteorology, natural history, etc. Loondon: Kekan Paul, 1886.

[32] Ferrand, 1998: 164-165.

[33] Martins, 1998: 109.

[34] Constante da primeira edição da obra de Burton, de 1867.

[35] Black, 2003.

[36] Hingley, 2000.

[37] Heffer, 1999.