A militância do PC em Diamanitina

15-12-2010 19:53

    Com a implantação do Estado Novo, por Getúlio Vargas, no final da década de 1930, ficou proibido o funcionamento de partidos políticos e sindicatos. Por todo o país teve início a grandes manifestações políticas, que foram reprimidas com grande violência pelo governo.

    Aqui em Diamantina, os jovens da época como: Luiz Poranga, Luiz Prado, Zanilo Moreira, Expedito Rangel, Laíre Moreira e outros deram início a uma oposição ferrenha contra o Estado Novo. Eles pichavam a "Capistrana" com tinta lavável. desde a rua do Bomfin, até a Escola Normal; pichavam também os muros da rua da Glória, com os dizeres: "abaixo a caresti, abaixo a ditadura e viva o P.C.". Além disso,  jogavam panfletos debaixo das portas, esclarecendo a população, sobre a prisão de Luiz Carlos Prestes e a deportação de Holga Benário para a Alemanha, para ser morta em campos de concentração.

    Com o final da II Guerra Mundial e a chegada da FEB ao Brasil em outubro de 1945, onde foram combater o Nazi-fascismo, Getúlio foi obrigado a convocar eleições neste mesmo ano. Ganhou o general Eurico Gaspar Dutra. O seu governo foi marcado pela abertura política, a convocação da Constituinte de 1946 e a queima das reservas econômicas deixadas por Getúlio. O PC novamente entra na legalidade, elegeu vários deputados como: Jorge Amado e Barata Ribeiro.

    No entanto em 1949, Dutra coloca novamente o PC na ilegalidade, influenciado pelo marcatismo norte americano. O PC só viria a funcionar legalmente 35 anos depois em 1984, no governo Sarney. Hoje tem-se um representante do PC na Câmara Municipal de Diamantina, mas com pouca atuação política.