Domingos José de Almeida

31-01-2011 11:04

 

  Domingos José de Almeida, mineiro nascido em 1797, é descrito por diversos autores como o mais intelectual dos líderes farroupilhas, "o verdadeiro cérebro" da rebelião. Veio ao Rio Grande do Sul em 1819 para reunir tropas de mulas e levá-las até Sorocaba, em São Paulo. Mas acabou se estabelecendo em Pelotas. Empresário bem sucedido, além de dono de uma companhia de navegação com veleiros que transportavam produtos para as províncias do Norte, tomou-se próspero entre os charqueadores. Sua Charqueada era considerada um modelo de organização. Poderia ser um conservador convicto. Ao coantrário, desde o início das conspirações contra o Império sempre esteve junto aos farroupilhas.

    Culto, a biblioteca de Domingos José de Almeida era a mais completa do Rio Grande do Sul, uma das melhores do Brasil na época. Domingos José lia textos em inglês e francês. Também guerreiro de coragem ascendeu de major a coronel da Guarda Nacional. Quando a Guerra estava sendo preparada, era deputado da Primeira Assembléia Provincial.

    A instalação da República Rio Grandense revelou a primeira cisão entre os líderes farrapos. Bento Gonçalves foi eleito presidente, apesar de preso no Rio. Como vices, a escolha caiu em Antônio Paulino da Fontoura. José Mariano de Mattos, Domingo José de Almeida e Inácio José de OIiveira Guimarães. fomingo José de Almeida acumulou os ministérios do Interior e da Fazenda.

Urbin, Carlos, Os Farrapos, pág. 78-80, 2001, Porto Alegre.