Notícias do Velho Tejuco

23-12-2012 09:01

Notícias do Velho Arraial do Tejuco.

 

 Em Diamantina, os sinos das Mercês choraram nos dias 1º e 6. Com saudadess do passado que não volta mais. Ó tempora! Ó mores!...

 Em Diamantina, uns tais srs. que as dizem católicos, á hora da homilia nas missas de domingo, saem para fora da igreja, porque (dizem muitos), não precisam de práticas.

 No entanto, S. Felipe, o Intendente da rainha CAndace dizia:

- Como compreenderei as Escrituras, se ninguém más explicas?

 Em Diamantina, neste mês de agosto, costumam algumas noivas ter receio de se casarem, por temerem ser infelizes.

 Dizer que o mês de agosto é mês de desgosto não passa isso de mera supertição.

 Em Diamantina, um menino chegado de fora, vendo o nosso jardineiro irrigar os jardins da cidades,q ue servem de pastos de animais e logradouro de moleques indômitos, disse para sua mãe:

 - Mamãe, porque naquele homem está dando banho as plantas?...

 E a velha respondeu:

 - Porque elas sentem calor, meu filho.

 Em Diamantina, em certa rua, ao escuro houve quem ouviu  umas tais conversas escabrosas:

 - Eu não me incomodo com as leis naturais na vida: hoje, ter filhos é muito cacete e... depois tira a estética...

 E assim é como estamos vendo o transgredir das leis naturais da vida.

  Afinal, quem assim procede provoca catástrofe e tem que aguentar consequências.

 Entretanto devemos elogiar a simplicidade dos animais, que obedecem ás leis da natureza.

 Em Diamantina, na semana passada uma perralha desses meninos levadas da cidade pintava o sete, á noite, no jardim da Praça Monsenhor Neves.

 As pedras choviam, e uma delas foi direta a um dos globos que iluminam a praça.

 Ouviu-se logo depois a voz de um pequeno:

 - A pedra quebrou a luz...

PILUS, Voz de Diamantina, pág. 2,10 e agosto de 1952- Diamantina.

 

Vetado o forno Crematório

O Prefeito João Carlos Vital vetou o Projeto referente á instituição do forno crematório. Venceu assim, o espírito cristão do povo brasileiro.

 Carrinhos Barulhentos.

 Depois que os meninos inventarem uns carrinhos de pinho que rodam, sem piedade, pelo cimento em volta do jardinm e mesmo na calçada de pé de moleque da praça Monsenhor Neves, os moradores locais não tem mais sossego,d e manhã á noite.

 O barulho é infernal, por isso, achamos que só a água benta, por meio do hissope, nos livraria dessa tentação diabólica e atordoadora.

Do Nosso Município

Já vai atingindo proporções alarmantes o exôdo rural, encaminhando-se a maioria para São Paulo.

 Bons  Tempos

Ora vejam! Em 1822, há 130 anos, portanto, eram estes os preços por que se vendiam no Mercado de Diamantina, os gêneros de primeira necessidade.

Feijão alqueire, 450 réis; arroz idem 4,00; farinha de mandioca, idem, 180; milho, 160; fubá, idem, 120; frango, um 50 réis; ovos, duzia, 40 réis; toucinho, arroba, 600réis; boi, um 5$000; cavalo, um 8,00; porco, um, 600réis.

Forno Cubilot

O Sr. José A Rocha , comerciante e adiantado indsutrial, ensta cidasde, inaugurou em sua oficina, no dia 1º corriente, em sua oficina de fundição de ferro e metais, um excelente e moderno forno de fundição Cubilot, que foi bento pelo Exmo. Sr. Arcebispo D. Serafim Gomes Jardim, acoitado pelo Revmo Sr. Cônego Walter de Almeida, Cura da Catedral.

 Assistiram ao ato da benção, além de diversas autoridades locais, muitas pessoas do nosso meio social, comercial e industrial.

 

 É mais um grande melhormento para nossa cidade, e que o deve ao nossa cidades e que o deve ao nosso inteligente conterrâneo, Sr. José Agostinho Rocha.

 A capacidade do forno "Cubilot" é de 300 quilos de ferro fundido, por hora.

 Voz de Diamantina, 10 de agosto de 1952. pág.2 e 3. Diamantina.