A lenda da Cidade de Cristal

05-12-2010 20:40

A cidade de Cristal

    Conta-se uma lenda: - Quando os espanhóis invadiram o Peru, uma linda princesa Inca, de nome Acaiaca, apaixonou-se por um dos oficiais da armada e com ele partiu em direção ao Brasil, com uma grande comitivia.

    Perseguida pelos seus, o par de namorados chegou ao Vale do Jequitinhonha e, como os Incas são profundos conhecedores de mineração, pararam nessas serras e vales, onde mais tarde se ergueria o Arraial do Tejuco (hoje cidade de Diamantina).

    Os dois enamorados e seus súditos Incas, temendo ser atacados, resolveram construir seu novo império em galerias subterrâneos, aqui nestas terras.

    Procurando a galeria onde se encontrava o palácio da princesa Acaiaca, pesquisadores deram com uma entrada, hoje soterrada, aos fundos de uma chácara, parece que no local onde se encontra hoje a Rua do Jogo da Bola.

    O médico e historiador Sóter Couto, falando sobre as galerias de Diamantina, diz que " mergulhando  no subsolo ou direções diversas e incalculáveis extensões, podem-se perderem nesses labirintos subterrâneos.

    Muitos já disseram que já entraram nesses túneis, que até encontraram um portão selando a entrada da cidade de cristal da princesa Acaiaca. Outros estão á procura até hoje. Não se sabe exatamente onde fica a entrada. A cidade era cortada por vários túneis. Muitos foram entupidos devido ao progresso da cidade. Mas tem muitos que acreditam que vão encontrar esta cidade perdida debaixo da terra e com os seus palácios de cristais.

 

Na região de Diamantina, existe a lenda da Acayaca.


Para uns, é aquela perobeira descrita por Joaquim Felício dos Santos. Para outros, trata-se de uma princesa inca que fugira do Peru, em conseqüência de um romance de amor.


Ir a Diamantina e não conhecer o Beco do Mota, não entrar num dos improvisados fecha nunca, é o mesmo que não visitar a cidade do ouro e do diamante. Nessas casa reúnem-se garimpeiros capangueiros e toda sorte de aventureiros que chegam onde Judas perdeu as botas.


Ali se contam os casos, canta-se o Peixe-Vivo e se comercia com ouro e diamantes. Ali se reunia também a boemia noturna e lendária, na romântica e misteriosa Diamantina.


''Certa noite de agosto de 1942, regressando dos garimpos do Acaba-Mundo, fui ao Beco do Mota para vender alguns xibius que trazia na capanga.


Feita a transação, fiquei a conversar com colegas de lavras. Como manifestasse interesse por selos antigos, um deles indicou-me certa crioula muito idosa que, segundo afirmou, conservava ainda os seus guardados do aventureiro francês que em sua companhia vivera há muitos anos.



Procurei a velha crioula e, após certa relutância, ela apresentou-me um baú de folha onde estavam guardadas muitas coisas sem nenhum valor numismático. Minha atenção porém foi atraída por um caderninho onde alguém havia esboçado um mapa qualquer. Pedi-lhe, pensando que se tratava de algum plano de mineração  e ela me deu, a troco de um muito obrigado.



No hotel, fechado no quarto, tratei de decifrar o conteúdo daquele caderninho. Ali não havia nenhum plano de mineração nem os dizeres se relacionavam com os garimpeiros. O mapa do caderninho, que mais tarde seria roubado, referia-se a uma pretensa cidade subterrânea que, segundo afirmava o desconhecido, existia debaixo de Diamantina. Contava que, quando os espanhóis invadiram o Peru, certa princesa inca tomara-se de amores por um dos oficiais da Armada e com ele partira na direção do Brasil.



Perseguida pelos seus, levando consigo muitos súditos o par de namorados foi ter ao Vale do Jequitinhonha. E como os incas fossem profundos conhecedores da mineração do ouro, pararam naquelas serras e naqueles vales onde mais tarde se ergueu a cidade de Diamantina.



O nome da princesa era Acayaca. Ela, o noivo e os incas que os acompanhavam, temendo ser alcançados e talvez atacados, resolveram construir seu novo império em galerias, sob as terras e as montanhas. Por mais fantástica que parecesse tal empresa, tratei de tirar a limpo toda essa história.



Com os dois companheiros, seguindo as indicações do mapa, iniciei a procura de uma das entradas, que era a da galeria onde se encontrava o palácio da Princesa Acayaca.''

     Uma das entradas fica na Rua Juca Neves - antiga Chácara de Dona Sitinha.