a lenda da gameleira
Diz a lenda que um dos operários que trabalhavam na construção do cruzeiro, diante da igreja de Nossa Senhora do Rosário em Diamantina, chamado Júlio Fonseca, sentindo-se ferido de morte, pediu que chamassem um padre e suplicou-lhe que lhe absolvesse a eles, pois havia levado uma existência perversidade.
O religioso aconselhou-o a que pedisse perdão a Deus da má vida que levara e que, se seu arrependimento fosse sincero, estaria salvo. Já na agonia, Júlio Fonseca falou ao padre que, se sua alma se salvasse alguma coisa inesperada aconteceria ao cruzeiro.
O caso foi comentado e repetido pelas pessoas que ouviram as suas últimas palavras; por isso, não eram raros os curiosos que encontrando-se no adro da igreja do Rosário, ali vinham as pessoas curiosas todos os dias espiar o madeireiro tosco, fincando diante do adro da Igreja.
Decorrido pouco tempo após a morte de Júlio Fonseca, começou a brotar dos braços da cruz, uma pequena planta, provavelmente um passarinho depositara ali minúscula semente, esta nasceu, desenvolveu-se a planta desceu até o chão e deitou raízes; o tronco cresceu, formando-se galhos que foram elevando o cruzeiro. Transformou-se com o passar dos tempos, naquela frondosa gameleira, onde se encontra, para admiração geral, e humilde cruz de madeira.
Diante disso, muitas pessoas de Diamantina acreditam firmamente que Júlio Fonseca alcançou a salvação eterna.