Alguns dados do município de Diamantina

16-09-2013 23:36

O município de Diamantina em geral está situado em um planalto irregular, elevado. Importante pela suas riquezas naturais de excelente clima; sendo importante divisor de águas de três bacias principais dos rios Doce, Jequitinhonha e São Francisco. Nestes divisores d'água nascem vários rios, ribeirões e riachos com belissímas quedas d'água, com  grandes piscinas naturais.

 A região do município de Diamantina está dividida em três áreas: a sertão, a alpina ou diamantina e a carrasquenta  ou dos chapadões (cerrado).

 A região sertaneja compreende os vales dos rios Pardo Grande e Pequeno, do Jequitinhonha. A região alpina ou diamantina que se caracteriza pelas campinas, especial vegetação, serras e grés e numerosas fontes permanentes  d'água cristalina, compreende os vastos planaltos diamantinos e os vales superiores dos afluentes do rio Jequitinhonha.

 A região carrasquenta ou dos chapadões, que compreende terrenos em níveis altos, com excelente aguada para cultura.

 O município tem seu esqueleto orográfico formado pela cordilheira do Espinhaço, que recebe, seguem do as localidades que atravessa, diferentes nomes, sendo numerosas as ramificações que dela partem, quase todas ricas em minérios preciosos e semi preciosos  e diamantinas, ficando apenas algumas serras, montes e colinas isoladas.

 A cordilheira do Espinhaço atravessa o município de sul a norte, e, com o nome de serra de São Francisco ou do Rio Grande, Fraldeja o morro de Santo Antônio, em cuja encosta oriental se acha edificada a cidade Diamantina.

 Destas ramificações temos algumas que se acham dispersas como: no distrito de Inhaí; a serra do Arrenegado, a do Inhacica, a de Santana e o morro do Chapéu; no distrito de São João da Chapada, a serra do Rio Pardo, Serra do Pagão, do Barro Preto, a do Quilombolas, a do Monsorongo, a da Arabia Deserta, a dos Cégos, a da Galinha no povoado do Guinda, a da Tromba Danta, na perpetua a Serra da Balança; a da Paciência no Pinheiro, Serra do Batuque no Acaba Mundo, Serra da Bandeirinha, Serra do Mendanha, Serra da Maravailha no Capão, Serra do Curralinho em Extração, Serra da Sentinela ou Cristais, Morro do Gupiara em Diamantina, Serra do Padre Brazão (Brazão) em Diamantina.

Alguns Rios importantes que banham e  nascem no Município de Diamantina: O Jequitinhonha da Mata ou Preto famoso "rio dos diamantes", o Jequitinhonha do Campo ou Branco nasce no Serro e os dois rios se encontram na localidade do Acaba Mundo distrito de Extração (Curralinho). 

 O Rio Pardo Grande, que nasce na serra de seu nome mais ao norte no distrito de São João da Chapada, sendo tributário do rio das Velhas, em que desemboca, depois de receber afluentes: faz um curso de 15 léguas partindo do distrito e banha vastas campinas e agrestes rochedos. É aurífero e diamantino. Encontra-se uma alta cachoeira no distrito de Nossa Senhora da Glória para depois encontrar com o rio das Velhas.

O Rio Pardo Pequeno, nasce na vila do Guinda e vai desaguar no Rio Pardo Grande acima do orto da Manga.

O Rio Pinheiro que é formado pelos ribeirões de Areia, Morrinhos e Caldeirões no distrito de São João da Chapada não é de um percurso pequeno, mas é diamantífero e aurífero. Depois da sua junção passa pela Perpétua com o nome do Padre, saindo na parte de baixo da Sentinela e cortando até a Vila de Biribiri até desaguar no Jequitinhonha. Tem uma alta cachoeira e duas antes da barra.

O rio Caeté Mirim - Tem origem mais ao sul da serra do Rio Pardo, no distrito de São João da Chapada, segue em direção para o Jequitinhonha, depois de receber doze afluentes. Oferece várias cachoeiras. é um rio importante pelas riquezas diamantíferas e auríferas.

O Rio Macaco Grande nasce na serra da Arabia Deserta no distrito de São João da Chapada e desagua no Caete-Mirim, depois de receber o córrego Tatu, Contendas e Macaco Pequeno. O Contendo forma uma bela cachoeira no lugar denominado Pasto Gordo do distrito São João.

Ribeirão de Pindaíbas que nasce a 2 quilômetros da povoação do distrito de Campinas de São Sebastião, hoje Senador Mourão, corre unido ao povoado com um percurso de 9 quilômetros até a barra do Rio Jequitinhonha, recebendo os seguintes tributários: - Tijucussu, Capão Grosso, Agua Verde, Cachoeira, Leitão, Canhambola, Pedraria, são Domingos, Jatobá, Extrema, Forquilha, Santa Cruz e Cana Brava.

Ribeirão do Inferno - Nasce na Porteiras ou serra do Dumbá (Dumbar) no distrito de Datas com o nome Gruminchá, logo em seguida recebe o córrego Cantagalo e daí recebe o nome de Canudos, recebe o Córrego dos Ferreiros  ou das Lages e depois o Córrego Canudinho ou Natureza e daí em diante recebe o nome de Ribeirão do Inferno até a foz do rio Jequitinhonha no povoado de Itaipava  distrito de Extração (Curralinho). Recebe o Ajunta-Ajunta, o Córrego Curralinho.

 

 

 

O Ajunta-Ajunta é formado pelos córregos do Teotônio, Ponte Queimada e Piruruca.

O Piruruca nasce nas Bicas no alto da cidade, com o nome de córrego das Bicas, mais abaixo de Prata e depois de Piruruca, cortando o Morro de Santo Antônio pelos lados do Ocidente e sul, tomando o nome de Palha ao banhar o bairro do mesmo nome, mais abaixo recebe o córrego do Rio Grande que nasce na Serra do seu nome ou São Francisco mais próximo ao largo do Rio Grande o rio era conhecido com o nome de Richier, e mais abaixo denominado Moinho, onde despenca numa cachoeira e próximo a cachoeira antigamente funcionava um moinho que tem o mesmo nome a rua (Beco do Moinho). O Córrego do Rio Grande tem seus tributários: o Córrego São Francisco hoje conhecido como Paula Vieira ou Quatro Vinténs, Córrego do Tijuco que nasce no flanco oriental do morro de Santo Antônio e hoje passa por debaixo da cidade, sendo canalizado.

O Rio Inhaí que tem a sua nascente nos campos de São Domingos como nome desse Santo, passa a três quilômetros da vila de Inhaí e desaguando no Caeté-Mirim.

O Inhacica Grande - Nasce na Serra do Arrenegado no distrito de Inhaí, encontrando com o Jequitinhonha. O Inhacica Pequeno nasce na mesma Serra do Arrenegado e também desagua no Jequitinhonha.

Rio Santa Maria - Afluente da margem direita do Jequitinhonha, nasce no distrito de Extração (Curralinho). Seus principais tributários são: Córregos do Remédio, que tem uma linda cachoeira com piscinas naturais, Passa Quatro e Ferreiros.

Possui alguns córregos, barragens, lagoas e riachos que cortam o município de Diamantina, como: A Lagoa Azul no Guinda, A Lagoa dos Caldeirões em Sopa, Lagoa de Extração (Curralinho), Lagoa de Boa Vista, (Bom Sucesso), Lagoa de Extração (Curralinho atrás do Cruzeiro), Lagoa Comprida (Inhaí), no lugar denominado Saco do Jequitinhonha ou seja Pasto do Rei, encontram-se duas lagoas que fica situada no \Inhacica Grande e no Inhacica Pequeno (Lameirão),Sentinela, Cristais, Cachoeira da Fábrica e do Teléfaro ( Conselheiro Mata), cachoeiras do Mendanha e outras.

O clima  saudável, sendo mais quente nos vales dos rios e mais amenos o planalto carrasquento, e mais temperado o planalto diamantino.

NEVES, Jayme, José Augusto Neves, O jornalista, usa obstinação e Vocação Ecológica, pág. 125 a 136, Imprensa Oficial de Minas Gerais, BH, 1986.