Banda de Música do Seminário

16-03-2011 23:03

Quando esta Casa de Estudos era também equiparado ao Ginásio Nacional, os professores planejaram a criação de uma Banda Musical para suas festas internas e para a formação do gosto lírico dos alunos – 1909 o “projeto 11 de fevereiro” foi escrito nos cadernos da Casa, os instrumentos foram feitos e no mês de Outubro de 1950 era oficialmente inaugurada.

Foi o seu primeiro maestro o Padre Paulo Kergoziên que veio a falecer em 1950 em Constantinopla. Seu auxiliar, o Padre Carlos Leonardo Lidstron que até a pouco exercera o mesmo honroso ofício no Colégio do Caraça. Partindo o P. Paulo para a França na Guerra de 1914 o Sr. P. Carlos o substituiu até 1929 ano em que entregou a batuta lírica ao sr. P. José Dias d’Avelar.

Em 1911 a nova Banda tocava pela primeira vez em público na Rua do Contrato perante Dom Joaquim e Dom Lúcio Antunes. Em 1913 o missionário P. Manoel Franco González, chegado há pouco do Paraná, fotografou a filarmônica eclesiástica notando-se além dos dois maestros estudantes Olimpio Mourão Filho, o Sr. Fócas, Davino Morais, Raimundo de Almeida e Silva, Moura (do Serro), Sadi Augusto Rabelo, Niquinho, Navais, Badaró, Duque e outros...

Até hoje vem prestando serviços, - No Centenário da Independência, foi a única Banda que tocou na cidade; a Linha de Tiro algumas vezes foi puxada por ela; quando o Sr. Nuncio D. Angelo Scapardini esteve em Diamantina, tocou diante do Palácio; em algumas procissões de “Corpus Christi” abrilhantou as cerimônias religiosas; nas “férias de Conselheiro Mata” era a alegria dos Seminaristas...

De 1929 a 1939 o maestro P. Avelar aumentou os instrumentos e amiudou os ensaios.

De 1940 em diante, outro maestro Padre Rubem da Silveira Matos continuou as tradições de seus antecessores até ser transferido para trabalhos diferentes no Serro.

Ultimamente, na Reitoria do Sr. P. Manoel Carlos Pereira, o instrumental foi aumentado e cromado  - Os maestros modernos o vão conservando em bom estado e aumentando o repertório musical...

Diante do Seminário, no teso da Pitangueira, há um Sobrado propriedade e residência do Sr. Manoel José Nobis – Este ótimo senhor é também maestro. Encontrando-se comigo disse: “Seu Osório, a Banda do Seminário e a do Téso da Pitangueira são vizinhas de frente, e muito próximas; creio que é só em Diamantina é que há esta novidade!”

Creio que sim, maestro respondi eu.

Fráguas, Osório, Voz de Dtna, 1955.