Cartaz
Chama-se cartaz em Diamantina o anúnico do espetaúclo que se devia realizar á noite (teatro ou circo de cavalinhos), feito pela banda de música, que ao meio dia saía tocando em várias ruas e praças da cidade. Havia então em Diamantina duas bandas de músicas rivais: o "Corão" e o "Corinho", esta última dirigida pelo saudoso maestro Antônio Efigênio de Souza, vulgo "Paragaguai" , falecido posteriormente em 1905 ou 1906.
Quando o espetáculo era de circo de cavalinhos, saía também de dia dia pelas ruas o palhaçõp, montado num cavalo, acompanhado de numeroso grupo, principalmente de meninos, que respondiam em coro, ás suas exclamações:
- Hoje tem espetáculo? - OLha a negra no portão!
- Tem, sim senhô. - Com a carinha de sabão.
- Oito horas da noite? - A cangica queimou.
-É, sim sinhô! - De uma band só.
- Olha a negra na janela!
- Com carinha de panela.
Havia três intendências (rancho de tropas) em Diamantina: a de cima, no largo do Externato, quase atrás da Sé, a do meio, do Manoel César, na Cavalhada Nova, do Lages, no edíficio do atual mercado ou barracão
João Raimundo Mourão Filho foi a primeira pessoa que costurou á máquina em Diamantina.
Do livro Os Jatobás, de Ciro Arno.