Em Mercês de Diamantina (1869)
Um tal de Eusébio da Silva Rocha entendeu de encurralar seu cavalo no cemitério do adro da Igreja para pastar. Os moradores protestaram por ser lugar sagrado e ali estarem enterrados parentes seus.
O homem furioso, proferindo blasfêmias, chegou a dizer: "Então pique o capim para os santos e para os padres..."
O povo não aguentando tão atrevido absurdo ia deportá-lo si não fosse a paciência de alguns conterrâneos mais calmos.
Vendo a sua situção ele por si resolveu retirar-se mas com diatribas e blasfêmias.
Quinze dias depois chegou a notícia certa de que o desaforado comia capim no meio dos animais, e relinchava como se fosse um burro de tropa.
Triste consequência do abuso da religião de Nosso Senhor Jesus Cristo e castigo vergonhoso para o Nabucodonosor mirim de Araçuaí como se chamava "Mercês de Diamantina" naquela época: 1849.
Este acontecimento não desabana a boa terra de Senador Modestino Gonçalves porque o povo protestou....
Apud José Henrique.
Voz de Diamantina, Pio Nascimento.