Em Mercês de Diamantina (1869)

31-03-2011 22:45

    Um tal de Eusébio da Silva Rocha entendeu de encurralar seu cavalo no cemitério do adro da Igreja para pastar. Os moradores protestaram por ser lugar sagrado e ali estarem enterrados parentes seus.

    O homem furioso, proferindo blasfêmias, chegou a dizer: "Então pique o capim para os santos e para os padres..."

    O povo não aguentando tão atrevido absurdo ia deportá-lo si não fosse a paciência de alguns conterrâneos mais calmos.

    Vendo a sua situção ele por si resolveu retirar-se mas com diatribas e blasfêmias.

    Quinze dias depois chegou a notícia certa de que o desaforado comia capim no meio dos animais, e relinchava como se fosse um burro de tropa.

    Triste consequência do abuso da religião de Nosso Senhor Jesus Cristo e castigo vergonhoso para o Nabucodonosor mirim de Araçuaí como se chamava "Mercês de Diamantina" naquela época: 1849.

    Este acontecimento não desabana a boa terra de Senador Modestino Gonçalves porque o povo protestou....

    Apud José Henrique.

Voz de Diamantina, Pio Nascimento.