Familia costa Sena

19-07-2015 14:20

PERSONAGENS DA HISTÓRIA DO SERRO FRIO - III

PERSONAGENS DA HISTÓRIA DO SERRO FRIO - III - J a M


Muito além dos minerais ou de qualquer outra coisa, as maiores riquezas do Serro continuam sendo seus filhos. "À sombra do Itambé e das montanhas frias de Minas se formou uma singular sociedade ... Ali, uma plêiade de personagens históricos se formou ..."Toda cidade mineira se orgulha de ter um personagem histórico ou um “filho ilustre”.O Serro vive um dilema : não consegue definir quais são os seus personagens mais importantes. Mas, não é para menos. A cidade tem quase um personagem para cada dia do ano. Por isto, ficou conhecida por "Ninho de Águias", título que orgulhosamente ostenta, em latim, na sua bandeira. 

Os personagens estão retratados em 4 páginas deste Flogão, sendo esta a terceira.



DESTAQUE: 

JOÃO PINHEIRO
O estadista João Pinheiro da Silva, "verdadeiro vulcão de idéias inovadoras", nasceu no Serro, em 16/12/1860. Formou-se em Ciências Jurídicas em São Paulo, transferindo-se posteriormente para Ouro Preto, onde fundou o Clube Republicano, em 1888, precursor do Partido Republicano Mineiro. Foi também fundador da folha republicana "O Movimento" (depois transformado em órgão oficial do PRM) e da Faculdade Livre de Direito do Estado, em Ouro Preto. Em 1890 exerceu interinamente o Governo de Minas, como Vice-Presidente, sendo logo depois nomeado efetivo. Foi eleito Deputado Federal à Constituinte de 1891, recolhendo-se depois ao trabalho na indústria de cerâmica, que possuía com a família em Caeté, decepcionado com os rumos da política. Em 1903, coordena o Congresso Agrícola, Industrial e Comercial. Voltou novamente à vida política, sendo eleito Senador em 1905 e Presidente de Minas em 1906. Na Presidência, empreende a primeira grande reforma do ensino no estado (onde, durante dois séculos, "nunca existiu método algum de ensino primário"), lança as bases de uma sólida política de desenvolvimento e funda o IHGMG. Morreu durante o seu mandato, em 25/10/1908. João Pinheiro deixou um legado de idéias e obras que marcaram o nascimento do regime republicano em Minas, tornando-se um dos políticos de maior expressão do Brasil, no início do século. (Ver mais informações em João Pinheiro)




PERSONAGENS (letras J a M):


- Jacinta de Siqueira
Uma das personagens principais da história do Serro. Encontrou os primeiros quatro vinténs de ouro nos garimpos primitivos da Vila do Príncipe, sendo, portanto, a responsável pela própria fundação da cidade. Sabe-se que era negra, africana, natural da Costa da Mina e já veio da Bahia alforriada e trazendo escravos de sua propriedade, para a exploração das minas do Serro Frio. Tornou-se rica e teve vários filhos, de pais diferentes, segundo a tradição, com os homens de maior prestígio social da vila. É atribuída a ela a construção da Igreja da Purificação (1742). Faleceu em 15/abril/1751, estando o seu testamento registrado nos cartórios do Serro. (ver mais informações no capítulo “Pequenas Histórias da Grande Comarca”) 

- Jacinto Furtado de Mendonça
Advogado e político. Filho de Jacinto Furtado de Mendonça e Francisca de Paula Lins Castelo Branco, formou-se pela Universidade de Coimbra e tornou-se também proprietário rural. Foi eleito Deputado às Cortes Portuguesas em 1821, não viajando, porém, a Lisboa, assim como outros Deputados eleitos pelo Serro Frio. Senador à primeira Constituinte e, a seguir, ao primeiro Congresso do Império, de 19/04/1826 a 02/01/1834, data em que faleceu.

- Jacinto Pereira de Magalhães e Castro
Líder político serrano, foi Deputado Provincial (1864-65), integrando também a primeira Junta Governativa Republicana do município, nomeada em 1889 .

- João Antônio dos Santos (Dom)
Primeiro Bispo de Diamantina, de 1863 a 01/05/1905, quando faleceu. Nascido no Serro, no então Arraial de S. Gonçalo do Rio Preto, em 12/11/1818. Estudou no Caraça, ordenando-se em 1845. Formou-se Doutor em Teologia e Direito Canônico em Roma. Fundou o Ateneu S. Vicente de Paulo, o Colégio N. S. das Dores (1867) e o Seminário Diocesano de Diamantina (1864), erguendo a artística Basílica neo-gótica do Sagrado Coração. Por iniciativa própria, instalou a fábrica de tecidos de Biribiri, em 1872. Abolicionista declarado, notabilizou-se por sua atuação decidida, fundando várias associações para angariar fundos em prol da campanha pelo fim da escravidão.

- João Antônio Lopes de Figueiredo
Político e Médico, nasceu na Paróquia de Rio Vermelho, município do Serro, em 28/08/1853. Formou-se em Medicina (RJ) e clinicou no Serro e em Diamantina, onde foi do Clube Abolicionista, Vereador e Agente Executivo. Elegeu-se Deputado Estadual da 5.ª à 9.ª Legislaturas (1907 a 1926), falecendo no exercício do último mandato, em 05/11/1924.

- João Costa Pereira (Garimpeiro)
João Costa transformou-se em herói dos garimpeiros, ao travar longos combates contra os Dragões que impediam o garimpo nas lavras do Serro Frio. De tempos em tempos o despotismo da Coroa gerava mártires como ele em Minas Gerais; mártires que queriam apenas sobreviver e dar de comer aos seus filhos. Abandonada pela Extração Diamantina por vários anos, a Serra de Itacambiruçu começou a receber garimpeiros, que não desprezavam qualquer indício de riqueza. Ali apareceu João Costa, em 1781, chefiando um grande grupo e expulsando as forças policiais destacadas para a guarda do lugar. Depois de lutas renhidas, ora vencedor, ora vencido, mas sempre resistindo, acabou o próprio governador de Minas, Dom Rodrigo José de Menezes reunindo um exército e indo pessoalmente bater os garimpeiros, em 1782. O combate desigual dispersou o grupo, mas dois anos depois lá estava novamente o chefe João Costa e seu grupo. Em abril de 1787, depois de ser delatado, foi preso João Costa e levado ao arraial do Tijuco, sendo processado, condenado e remetido para Vila Rica. Nada mais se soube ao certo a seu respeito, mas diz a tradição que conseguira fugir, voltando novamente ao Tijuco para se vingar de seus algozes.

- João Evangelista Barroso
O pai do notável compositor Ary Barroso nasceu no Serro, no então distrito de São Sebastião dos Correntes (hoje Sabinópolis), em 27/02/1874. Estudou no Caraça, formando-se Advogado pela Faculdade de Direito de MG (1901), em BH, onde foi aluno de seu irmão, o Deputado e Ministro Sabino Barroso. Foi Promotor de Justiça e Advogado em Rio Pomba, onde colaborou em vários jornais, casando-se com Angelina de Resende Barroso, de Ubá, onde nasceu o único filho Ary. Elegeu-se Deputado Estadual (1907-1910) pelo PRM, apresentando pioneiramente o Projeto de consolidação das leis processuais civis (Código de Processo Civil). Morreu prematuramente, de tuberculose, em junho de 1910, um mês após a morte de sua esposa, deixando órfão o filho Ary, com apenas 6 anos de idade.

- João Evangelista de Negreiros Sayão Lobato (Visconde de Sabará)
Ministro do STF e Promotor, nasceu no Serro, a 16/08/1817, e faleceu no RJ, a 20/04/1894. Era filho do primeiro Juiz de Fora do Serro e depois Senador, João Evangelista Faria Lobato. Formou-se na Faculdade de Direito de SP (1836), foi Promotor em MG e Juiz de Direito nas Províncias de SP, RS e RJ. Durante a Revolução de 1842, tornou-se Delegado de Caxias. Em 1864, foi nomeado Desembargador da Relação, na Corte. O Imperador o nomeou também Procurador da Coroa, Soberania e Fazenda Nacional e Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, em março/1881, o qual presidiu de 1886 a 1889. Durante a sua presidência no Supremo Tribunal do Império, foi abolida a escravidão e proclamada a República. Presidiu também a abertura da sessão de instalação do Supremo Tribunal Federal, criado pelo novo regime, do qual foi Ministro de nov/1890 a maio/1892, aposentando-se em seguida. Sayão Lobato foi Chefe de Polícia do RJ, em 1846 e 1859, sendo agraciado com os títulos de Conselheiro (1875) e Visconde de Sabará (1888 ), por D. Pedro II.

- João Inocêncio de Azevedo
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia da Vila do Príncipe da Comarca do Serro Frio.- João José de AbreuFoi Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Barra do R. das Velhas da Comarca do Serro Frio.

- João Luíz de Almeida e Souza
Farmacêutico, Jornalista e Político Liberal. Foi fundador do jornal "O Serro" em 1890, elegendo-se Deputado Estadual Constituinte em 1891. Formou-se em Farmácia em Ouro Preto (1895), depois retornando ao Serro, onde estabeleceu-se como Farmacêutico, falecendo em fev/1902.

- João Manoel Carlos de Buitrago
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Barra do R. das Velhas da Comarca do Serro Frio.

- João Nepomuceno Kubitschek
Senador e Vice-governador de MG, Político abolicionista, Fazendeiro, Professor, Jornalista, Advogado e Poeta. Nasceu no Serro, em 1845 e morreu em BH, em 03/06/1899. Advogou em Diamantina e Caeté. Na poesia, militando entre os "Líricos Românticos", destacou-se com "Eurico e Hermengarda", uma curiosa interpretação do romance "Eurico, o Presbítero", de Alexandre Herculano. Ele escreveu também a tradução da "Ode 24 do livro 3.º de Horácio", o "Hino da Redenção" (abolicionista) e o Hino Oficial do Serro (1892). Foi Inspetor Geral da Instrução Pública, Diretor da Imprensa Oficial, Senador à Constituinte Mineira (1891-95), reeleito para a legislatura 1895/1902 e Vice-Presidente de MG no Gov. Bias Fortes (1894/97).

- João Pires Cardoso
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia do Tijuco da Comarca do Serro Frio.

- João Raimundo de Oliveira Mourão
Advogado e Deputado. Nasceu no Tijuco, em 24/06/1829 e faleceu em 19/07/1890. Estudou no Caraça, elegendo-se Presidente da Câmara de Diamantina, após a sua emancipação, e mais tarde Deputado Provincial (1858/59), pelo Partido Conservador.

- João Salomé de Queiroga
Desembargador, Poeta, Jornalista e Deputado Provincial (1843). Nasceu no Serro, no Distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, em 1809, e morreu em 25/08/1878, como Juiz de Ouro Preto, após saber de sua nomeação para Desembargador de Recife. Pré-Romântico, deixou inúmeros poemas alusivos a personagens e acontecimentos do Serro. Conhecedor do folclore e dos costumes sertanejos, publicou "Canhenho de Poesias Brasileiras" (1870), "Arremedos ou Lendas e Cantigas Populares", "Oh, Lira Meiga e Saudosa", "Maricota e o Padre Chico" (romance / 1871) e "Lendas do R. São Francisco", além de escrever sobre outras lendas mineiras, como "O Menino Diabo", "O Irmão Lourenço" e "Lavadeiras do Lucas", entre outros. Segundo Guilhermino César, "juntamente com o irmão Antônio Augusto de Queiroga, também poeta, João Salomé distraía para o lirismo, a sátira e a oratória, seus vagares de letrado". Integrou, em companhia de outros conterrâneos, quase uma escola de bacharéis-poetas do Serro Frio. Certa vez, diante da estátua equestre de D. Pedro I, recém-inaugurada, exclamou: 
"Pobre país, não tens fé,
Não te causa o crime abalo, 
Deixas a virtude a pé 
E pões o vício a cavalo".

- Joaquim Bento de Oliveira Jr.
Governador e Advogado. Nasceu no Arraial de Conceição (hoje Conceição do Mato Dentro), município do Serro, e morreu em SP, em 06/03/1878. Formado em Direito, foi Presidente da Câmara de Conceição, de 1857 a 1859. Elegeu-se Deputado Provincial por MG (1870/71 e 72/73), Deputado Geral (1872/75) e foi Presidente das Províncias de Sergipe (1872-73) e Paraná (1877-78 ). 

- Joaquim Bento Ferreira Carneiro
Agricultor e Deputado Provincial em duas Legislaturas (1844/45 e 48/49). Doou ao arraial de Conceição, junto com o Cônego Bento Gondim, o famoso chafariz em pedra sabão, inaugurado em 12/abr/1825. Foi condecorado como Cavaleiro e Oficial da Ordem da Rosa, por D.Pedro II em 18/jul/1841, com o posto de Chefe da Legião da Guarda Nacional. A condecoração como Comendador da Ordem de Christo, veio em 11/mar/1843, juntamente com o posto de Coronel da Guarda Nacional, "Em attenção aos serviços com que se distinguio, debellando os rebeldes na Provincia de Minas Geraes". Elegeu-se vereador à primeira Câmara da vila de Conceição do Mato Dentro, tomando posse em 11/mar/1842, e depois no mandato iniciado em 26/jun/1852. 

- Joaquim Felício dos Santos
Jurista, Senador, Escritor e Jornalista. Nasceu na Vila do Príncipe, em 01/02/1828. Seu pai aí funcionava como administrador da Casa de Fundição. Formou-se em Direito em São Paulo (1850), onde fez os primeiros contatos com a política, denunciando na imprensa acadêmica a vitaliciedade do Senado. Muda-se para Diamantina, onde se dedica à carreira jurídica e ao ensino. Funda o jornal "O Jequitinhonha", em 30/12/1860, o primeiro órgão mineiro a se declarar abertamente republicano, em 1871, usando o mesmo prelo de madeira do "Sentinela do Serro", de Teófilo Otoni. O jornal exalta as mesmas convicções liberais e publica o inédito "Memórias do Distrito Diamantino da Comarca do Serro Frio" (transformado em livro, em 1868 ), fazendo de Felício o primeiro historiador a reconhecer o povo como protagonista da história do Brasil. Felício elege-se Deputado Geral para a legislatura 1864/66, quando apresenta o projeto abolindo a vitaliciedade do Senado, sem sucesso. A seguir, exerce a função de Juiz Municipal em Diamantina. Em 1890 é eleito Senador pelo estado natal, assumindo a presidência dos trabalhos preparatórios da Constituinte da República. Faleceu em 21/10/1895, sendo enterrado na Fábrica de Biribiri, que ajudou a implantar. Atuou em diversos gêneros literários : romance, narrativa histórica, historiografia regional e dramaturgia, além das incursões na área jurídica. Escreveu "Apontamentos para o Código Civil Brasileiro" (1881), "Projeto do Código Civil Brasileiro" (1882), "Páginas da História do Brasil no Ano 2.000" (sátira política-1868 ), "A Acaiaca" (romance-1866), "Fragmentos de um Manuscrito" (1861), "Os Invisíveis" (1861), "Cenas da Vida do Garimpeiro João Costa" (1862), "O Poção do Moreira" (1862), "Braz" (1862), "O Capitão Mendonça" (1863), "O Acaba-Mundo" (1863), "O Inferno"(sátira), "O Intendente de Diamantes" (comédia-1861), "John Bull ou o Pirata Inglez" (teatro-1863).

- Joaquim Ferreira Carneiro
Advogado, Juiz e Deputado Provincial. Nasceu no Serro, em 1829, e faleceu em Juiz de Fora, antes de 1884. Estudou nas Faculdades de Direito de São Paulo e Olinda (1848/52). Foi magistrado em Juiz de Fora/MG, sendo Juiz Municipal em 1853 e Juiz de Direito em 1862. Representou os mineiros na Assembléia Provincial (1854-55 e 56-57). É às vezes chamado de Desembargador, sem que se tenha referências ao cargo correspondente que poderia ter ocupado.

- Joaquim Ferreira de Sales
Jornalista, Advogado (RJ) e Político, Joaquim de Sales nasceu no Serro, em 12/07/1879, e morreu no Rio de Janeiro, em 02/12/1962. Estudou no Serro, depois no Colégio do Caraça. Militou em diversos jornais cariocas do seu tempo : "A Notícia" (do qual foi Diretor-Proprietário), "O Século", "O Paíz", "Jornal do Comércio" e "Diário Carioca". Eleito Deputado Federal em 1915, por Minas, foi continuamente reeleito até 1930, quando, após a Revolução, teve interrompida sua carrreira política, retornando ao jornalismo. Foi signatário do "Manifesto dos Mineiros" e deixou o importante memorial "Se não me falha a memória", publicado em dois volumes, o primeiro sobre políticos e jornalistas do seu tempo e o segundo sobre a sua vida no Serro e no Colégio do Caraça. 

- Joaquim Gomes Carvalho (Padre)
Nasceu no Serro, por volta de 1800. Ordenou-se padre em 1822. Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia do Tijuco da Comarca do Serro Frio. Elegeu-se Deputado Provincial (1840-41) e Geral (1843-44).

- Joaquim José da Costa Sena (Cônego)
Nascido no Serro, no então Arraial de Conceição (hoje Conceição do Mato Dentro), por volta de 1815. Ordenou-se em Mariana, no ano de 1839. Foi Vigário em Conceição durante 50 anos e Deputado Provincial (1886/87), falecendo em 1893.

- Joaquim José de Assis
Advogado, Jornalista e Político. Formou-se na Faculdade de Direito de SP, em 1854, assumindo em 1855, como Secretário do Presidente do Pará, Rego Barros. Lá foi Procurador Fiscal da Fazenda Estadual, Diretor Geral da Instrução Pública, Deputado Provincial mais de uma vez e Deputado Geral pela Província do Mato Grosso (1866). Jornalista e abolicionista, fundou e contribuíu em vários jornais, entre os quais "Jornal do Amazonas", "Liberal do Pará" e "Província do Pará". Foi também fundador e Presidente do Partido Liberal no Pará. Nasceu no Serro, no então arraial de Conceição, em 17/01/1830, e morreu em 07/07/1899.

- Joaquim Pereira de Queiróz (Capitão)
Foi Deputado à primeira (1821) e à segunda (1822) Juntas Eleitorais de Minas Gerais, reunidas em Vila Rica, sendo eleito um dos escrutinadores da primeira Junta. Nasceu na Vila do Príncipe, por volta de 1785, ali falecendo após 1840.

- Joaquim Thomás de Carvalhaes
Deputado Federal (1902), nasceu em S. Miguel e Almas, hoje Guanhães, em 1857. Em 1859, o arraial de S. Miguel tornou-se novamente distrito do Serro, do qual havia se separado em 1842. Estudou nos seminários de Diamantina e do Caraça, retornando à sua terra, onde dirigiu o Grupo Escolar local, foi Inspetor Regional de Ensino, Advogado provisionado e jornalista, colaborando no "Folha de Guanhães", do conterrâneo Getúlio de Cavalho. Elegeu-se vereador e Agente Executivo, para o quatriênio de 1898 a 1901. 

- Joaquim Vieira de Andrade
Médico (RJ), Cirurgião e Deputado Geral (1881/84). Era sobrinho de Teófilo Otoni, do qual herdou a paixão política, ligando-se também ao Partido Liberal. Ficou conhecido como o "médico da pobreza" pelo espírito humanitário e dedicação às obras da Igreja, em particular à Santa Casa, que ajudou a criar. Entre as obras para as quais concorreu, segundo a tradição, com os seus rendimentos próprios de médico e Deputado, encontram-se a reforma da Igreja do Matozinhos, em 1885, e o muro de pedras do cemitério. Morreu em 26/02/1897. Em sua homenagem foi erigido o primeiro busto do Serro, em 1913. 

- Jorge Benedito Otoni
Pai de Teófilo e Cristiano Otoni. Nasceu na Vila do Príncipe, onde foi arrecadador de dízimos, Advogado prático, Liberal por formação e Vereador. Foi um dos 12 representantes da Comarca do Serro Frio à primeira Junta Eleitoral de Minas, reunida em 1821, em Ouro Preto, que elegeu os Deputados à Corte Portuguesa, o Governo Provisório da Província e tornou-se, na prática, a primeira Assembléia Legislativa de Minas. Teve papel destacado neste importante momento da vida brasileira, marcando seu nome na história do Brasil ao propor e conseguir que fosse retirado o padrão de infâmia que, 30 anos antes, havia sido levantado contra Tiradentes. Tornou-se também Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, em 1822, novamente representando a Freguesia da Vila do Príncipe da velha Comarca do Serro Frio. Eleito Suplente, acabou tomando parte no Conselho Geral da Província de Minas (mandato 1830-33), corporação que se transformou depois na Assembléia Provincial. Na sessão de instalação, diversos conselheiros, ressaltando a importância da indústria nacional, compareceram vestidos com roupas de algodão mineiro, entre eles o representante serrano. 

- José Agostinho Veiga de Matos
Médico e Político. Nasceu em Formigas, então Comarca do Serro Frio, hoje Montes Claros, em 1800. Formou-se em Paris e clinicou em Diamantina, elegendo-se Deputado Geral de 1850 a 1856. Morreu em 21/06/1857.

- José Coelho Tocantins de Gouveia
Professor, Advogado, Deputado Provincial (1870/71 e 1882/83). Faleceu em 1896.

- José da Silva e Oliveira Rolim (Padre Rolim)
Nascido no Arraial do Tijuco, no Serro Frio, em 1747. Residia no Tijuco, tendo-se destacado na liderança da Inconfidência Mineira. Foi daqueles inconfidentes ativos, tomando a peito o levante e tudo empenhando na luta pela liberdade de sua terra e de sua gente, inclusive a fortuna. Encarregou-se de agitar a Comarca do Serro Frio. Julgado em Vila Rica, juntamente com os demais inconfidentes, acabou sentenciado ao degredo em conventos de Lisboa, sendo absolvidos dois de seus irmãos e o fiel escravo Alexandre. Ainda voltou ao Brasil, em 1804, velho e alquebrado, morrendo em 21/09/1835, no Tijuco, após ter assistido à realização do sonho da independência.

- José de Ávila Bittencourt
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia da Vila do Príncipe da Comarca do Serro Frio.

- José de Moura e Silva
Foi Médico e Prefeito de Niterói/RJ.

- José de Souza Barradas (Vigário)
Foi Deputado à primeira Junta Eleitoral de Minas Gerais, em Vila Rica, em 1821, representando a Comarca do Serro Frio.

- José Dias Bicalho
Foi Deputado à 2.ª Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Água Suja da Comarca do Serro Frio (Berilo).

- José Elói Otoni
Poeta, Político e homem de letras. Nasceu no Serro, em 01/12/1764, primeiro filho do fundidor da Real Casa de Fundição, Manuel Vieira Otoni, de descendência genoveza, e da paulista Da. Ana Felizarda Pais Leme. Joaquim Manuel de Macedo, um de seus biógrafos, disse que era "um desses homens que têm o poder de ilustrar seu berço e de realçar a pátria". Educou-se no Arraial de Catas Altas e, moço ainda, esteve estudando na Itália, retornando em 1791 ou 1792, para lecionar latim na Vila de N. S. do Bom Sucesso do Fanado (Minas Novas), onde casou-se (com Da. Maria Rosa do Nascimento, filha do Cel. Manoel José Esteves), tendo 2 filhos (Honório e Eduviges Esteves Otoni). Retornou à Europa, organizando uma Arcádia com os amigos Bocage e Bressane, em Lisboa. Escreveu "Memória Sobre o Estado Atual da Capitania de Minas Gerais" (1798 ), no qual faz, provavelmente, o primeiro protesto contra o atraso dos salários dos professores régios brasileiros, alguns com até 3 anos por receber. Sob proteção do Marquês de Alorna, transferiu-se para Madri, em 1807, como Secretário da Legação portuguesa. Fazia parte do grupo de brasileiros que, em Portugal, trabalhavam pela independência de seu país. Novamente no Brasil, dirigiu-se à Bahia em 1811, domiciliando-se no Palácio do Conde dos Arcos. Em 1821, de novo na Europa, foi eleito por seus conterrâneos entre os Deputados mineiros às Cortes de Lisboa, quando da constitucionalização do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Não chegou, porém a participar dos trabalhos, pois o diploma não lhe chegou a tempo. Em 1825, de novo no Brasil, empregou-se como Oficial da Secretaria da Academia da Marinha. Quis que sua família se juntasse a ele, mas esta permaneceu em Minas Novas. Desde a infância demonstrou o estilo que o consagraria mais tarde. Ainda no Serro, escreveu nas paredes da casa de um vigário de vida desregrada : "Prega bem o frei Tomás / Prega bem o mal que faz". Escreveu diversas poesias, a maioria influenciadas pelo estilo Boccagiano. Suas produções principais são : "Poesias Avulsas", "Drama Alusivo ao Caráter e ao Talento de Bocage", "Ode aos Anos de Jorge IV da Inglaterra", "Anália de Josino" e as traduções "Vulgata" (trad. do latim), "Geórgicas" (trad. de Virgílio), "Miserere", "Stabat Mater", "Paráfrase dos Provérbios de Salomão" (Bahia, 1815) e o "Livro de Job" (1852). Dele escreveu Sílvio Romero : "patriarca dos novos poetas brasileiros e, dentre os líricos, o que mais suavidade romântica possui". Os críticos costumam situá-lo entre as primeiras figuras de transição, que timidamente já anunciam o Romantismo no Brasil. Morreu em 03/10/1851, no Rio de Janeiro.

- José Felisardo da Costa
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Minas Novas da Comarca do Serro Frio.

- José Ferreira Carneiro (Comendador Juca Carneiro)
Deputado Provincial eleito para os biênios 1838/39 e 40/41. Foi também Vereador no Serro (1823/24, 37/40 e 41/44) e Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional na Comarca (1841). Representou Minas Gerais, na Câmara de Deputados do Império, na 5ª Legislatura, no biênio 1843/44. Foi também minerador e proprietário da famosa Fazenda do Viamão, hoje município de Carmésia, uma das maiores do Serro antigo, com 1.400 alqueires de terra. Nasceu no então distrito de Itapanhoacanga (aprox. 1794) e faleceu em Conceição do Mato Dentro, em 23/abr/1883. 

- José Ferreira Pacheco
Foi Deputado à Junta Eleitoral de Minas Gerais, em Vila Rica, em 1821.

- Josefino Vieira Machado (Barão de Guaicuí)
Líder Liberal, foi Presidente da Câmara Municipal de Diamantina, Coronel da Guarda Nacional e diretor do jornal "O Jequitinhonha". Capitalista e proprietário, manteve uma empresa de navegação do Rio das Velhas, onde contraíu as febres que lhe causaram a morte. Foi agraciado com o título de Barão de Guaicuí pelo decreto de 19/07/1879. Nasceu no Serro Frio, em 1812, e morreu em 22/11/1879, em Diamantina.

- José Joaquim de Araújo Soares
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia de Conceição (do Mato Dentro) da Comarca do Serro Frio.

- José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita (Maestro)
Maestro e compositor sacro, nascido na Vila do Príncipe do Serro Frio, em 12/out/1746. Deixou uma vasta obra, calculada em cerca de 500 músicas, muitas das quais hoje estudadas e executadas em todo o país. Foram encontrados registros de sua atuação no Serro, em Diamantina, em Ouro Preto e no Rio de Janeiro, onde morreu, em 30/04/1805.(ver mais informações em Maestro Lobo de Mesquita ) 

- José Joaquim Ferreira Rabelo (Barão do Serro)
Nasceu na Vila do Príncipe, em 10/05/1832, estudou no Seminário de Mariana e fez o curso de Direito (Recife e SP), passando a exercer o cargo de Promotor Público da terra natal. Filiou-se ao Partido Liberal, tornando-se seu chefe no Serro e político de influência no norte de Minas, acabando por eleger-se Deputado Provincial em 1860/61 e Deputado Geral, em 1864/66 e 67/68. Foi agraciado pelo Imperador D.Pedro II com o título de Barão do Serro, por decreto de 19/07/1879. Tornou-se abolicionista, um dos fundadores do Clube Republicano do Serro (juntamente com o irmão, Cel. Sebastião José Ferreira Rabelo) e Deputado Federal à Constituinte de 1890/93, vivendo na famosa "Chácara do Barão" até sua morte, no Serro, em 10/09/1910.

- José Maria Brandão
Advogado, Promotor, Intendente da Câmara do Serro, Deputado Provincial (1888-89) pelo Partido Liberal. 

- José Maria Magalhães
Deputado e Médico, nasceu no Serro, em 07/10/1922. Foi vereador em Belo Horizonte de 1959 a 1962, deputado estadual de 1963 a 1966 e depois duas vezes deputado federal. Foi cassado pelo Regime Militar durante a legislatura 1967-1971, através do AI-5. Participando do movimento pela redemocratização do país, conquistou um novo mandato no período 1983-1987, último cargo eletivo. Depois presidiu o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG). Exerceu a medicina até poucos anos antes de morrer, sempre em seu consultório do bairro Calafate, parando quando teve problemas de saúde. Faleceu no dia 25 de setembro de 2007, em Belo Horizonte, aos 85 anos.

- José Pedro Costa (Dom)
Bispo, Professor, Escritor e Jornalista, nascido no Serro em 19/10/1913. Iniciou os estudos no Grupo Escolar João Pinheiro e ordenou-se no Seminário de Diamantina, em 06/12/1936. Residiu mais de 30 anos em Diamantina, onde lecionou no Seminário e no Colégio Diamantinense, que veio a dirigir. Foi também Capelão Tenente do 3.º Batalhão da Polícia Militar, Diretor do Museu do Diamante, Diretor do jornal "Estrela Polar" e Cônego do Cabido Metropolitano. Foi sagrado Bispo de Caitité/BA em 15/09/1957, em Diamantina. Em 30/03/1969 foi promovido a Arcebispo Titular de Marceliana e Coadjutor de Uberaba, onde residiu até 1978, quando renunciou. Escolhendo a terra natal para viver sua aposentadoria, ali residiu por quase 20 anos, até sua morte em 1997. Considerado um intelectual de grande cultura e um dos maiores oradores sacros do Brasil, D. José Pedro tomou posse na Academia de Letras do Triângulo Mineiro, em 22/12/1972, e na Academia Municipalista de Letras de MG, representando o Serro, em 07/09/1980. É apontado como o único Bispo brasileiro que teve uma Pastoral reeditada em Roma. Deixou publicadas várias "Cartas Pastorais", entre elas a "Presença Social dos Cristãos", de 1960 (Caetité/BA), o livro "Vanguardeiros" (1993), além de inúmeros artigos, biografias, pesquisas históricas, discursos e sermões. 

- José Venâncio de Godoy
Deputado Provincial (1848-49, 64-65, 66-67).

- José Vieira Couto
Nasceu no Tijuco, em 19/08/1752, falecendo no mesmo arraial, em 15/09/1827. Formou-se em Medicina e Ciências Naturais pela Universidade de Coimbra, em 1777, tornando-se um dos precursores dos estudos sobre a mineralogia brasileira. De sua autoria foram publicadas "Memória Sobre as Salitreiras Naturais de Monte Rorigo - Serra do Cabral" (1809), "Memória Sobre as Minas da Capitania de MG", "Memória sobre a Capitania de MG", "Extratos de uma Viagem ao Indaiá", "Memória Sobre as Minas de Cobalto da Capitania de Minas Gerais" (1805) e "Memórias sobre a Capitania de Minas Gerais, seu Território, Clima e Produções Metálicas". Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia do Tijuco da Comarca do Serro Frio.

- Justino de Andrade Câmara
Natural de S. João Batista, nasceu em 1828, indo ainda cedo para Montes Claros. Membro do Partido Conservador, foi eleito Vereador (1860, 1876), Presidente da Câmara (1869), Deputado Provincial (1869) e Presidente da Assembléia Provincial. Foi também Professor, Advogado, Promotor e Provedor da Santa Casa.

- Justino Ferreira Carneiro
Governador, Advogado (Juiz de Fora e RJ), Comendador, Delegado e Juiz Municipal em Juiz de Fora, Político Liberal, Deputado Provincial (1878/79), Deputado Geral e Secretário de Finanças de MG (1892/94), no governo de Afonso Pena. Foi Presidente das Províncias da Paraíba (1880/82) e do Pará (1882/84). Nasceu em 1833, no Serro, e morreu em 14/08/1896, no RJ.

- Lincoln Kubitschek
Parlamentar (Álbum do Bicentenário do Serro)

- Luiz Antônio da Silva e Souza (Cônego)
Padre, Jornalista e Político. Nasceu no Serro, em 1764. Ordenou-se em Roma, em 1787, tornando-se grande latinista e orador sacro. Transferiu-se para a cidade de Goiás, em 1790, lá vivendo até a morte, em 30/set/1840. Elegeu-se Deputado por Goiás às Cortes Portuguesas, em 1821. Foi Secretário do Governo de Goiás por longos anos, poeta sacro e satírico, cronista e Vigário Geral do Bispado. 

- Luís Barroso Pereira
Capitão de Fragata, morto heroicamente em combate contra os argentinos, nas águas de Montevidéu, durante a Guerra do Prata, em 28/abril/1826. Formou-se na Real Academia da Marinha Lisboeta, tendo feito também o curso de Humanidades. Voltando ao Brasil em 1816, atuou como diplomata junto à Argentina, quando da guerra da Banda Oriental. Após o 7 de setembro de 1822, participa da missão da fragata "Niterói", para sufocar inssurreições lusas na Bahia. Nasceu no Serro, no então Arraial do Tijuco, em 28/05/1786. 

- Luiz dos Santos Souto
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia de Rio Preto da Comarca do Serro Frio.

- Luiz Eugênio Horta Barbosa
Advogado, elegeu-se Deputado Provincial (1870-71 e 72-73) e Geral (1872-75). (Álbum do Bicentenário do Serro)

- Luiz Gomes Ribeiro
Advogado formado, Magistrado e Deputado Provincial (1860-61, 70-71, 72-73 e 74-75). Nélson de Sena o cita em “Serranos Ilustres”.

- Luiz Pereira dos Santos (Vigário)
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Minas Novas da Comarca do Serro Frio. Acabou elegendo-se membro do segundo Governo Provisório de MG (23/05/1822 a 29/02/1824).

- Manoel Duarte Costa (Padre)
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Barra do R. das Velhas da Comarca do Serro Frio.

- Manoel Ferreira da Câmara Bittencourt de Aguiar e Sá (Intendente Câmara)
Naturalista, Engenheiro e Político. Nasceu no Serro, no então Arraial de Itacambirussu, em 1762. Formou-se em leis e filosofia na Universidade de Coimbra e em Engenharia pela escola de Fiedberg, na Alemanha. Foi o primeiro Intendente brasileiro do Distrito Diamantino, deixando uma biografia cheia de ambiguidades. Implantou a primeira Fábrica de Ferro gusa no Brasil, no arraial serrano de Morro do Pilar, e a fabricação de pólvora no Tijuco, a partir das nitreiras da Serra do Cabral, mas comandou também a bárbara opressão contra os moradores do Distrito, sendo responsável pela morte do garimpeiro e "mártir" Isidoro. Foi Deputado Geral à Constituinte de 1823 (a qual presidiu, em julho/1823, tendo proposto a criação de uma escola superior de metalurgia e mineração) e Senador do primeiro Congresso do Império, por Minas, de 19/04/1826 até sua morte, na Bahia, em 12/12/1835. Autor de várias memórias e opúsculos sobre mineralogia, na Europa e no Brasil, entre eles "Ensaio de Descrição Física e Econômica da Comarca de Ilhéus (Bahia)", "Observações Sobre o Carvão de Pedra na Freguesia da Carvoeira (Portugal)" e "Memória Sobre as Minas de Chumbo e Prata e Sobre a Fundição do Ferro por um Processo Novo". 

- Manoel Teixeira Mendes
Foi Deputado à 2.ª Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de Água Suja (Berilo) da Comarca do Serro Frio.

- Manoel Zeferino Barbosa
Foi Deputado à 2.ª Junta Eleitoral de MG, reunida em Vila Rica (1822), representando a Freguesia de São Domingos (Virgem da Lapa) da Comarca do Serro Frio.

- Manuel José Veloso Soares
Bacharel em cânones, Deputado à 1.ª Junta Eleitoral de MG (1821), elegeu-se Deputado às Cortes Portuguesas. Foi também Deputado à primeira Assembléia Nacional Constituinte, em 1823. Natural do então Arraial do Tijuco.

- Manuel Vieira Couto
Minerador, Tenente-Coronel do Regimento de Cavalaria de Milícias do Tijuco e Político. Liderou um levante das tropas do Tijuco, durante a Revolução Constitucionalista de Portugal, em 1820, tornando-se Deputado à primeira Junta Eleitoral de MG, em 1821. Elegeu-se também Deputado ao Conselho Geral da Província (1828-29 e 30-33). Nasceu no então Arraial do Tijuco.

- Marcos Antônio de Araújo Abreu (Visconde de Itajubá)
Foi diplomata destacado, tendo representado o governo imperial brasileiro nas cidades hanseáticas de Hanover, Oldemburgo e Mademburgo, de 1834 a 1837. Já Ministro, serviu na Prússia (1851), Dinamarca, Suécia e Noruega (1857) e na França (1867). Compôs também o Tribunal de Arbitramento instituído por Inglaterra e EUA, na questão do Alabama. Nasceu no Arraial do Tijuco do Serro Frio, por volta de 1795 e faleceu em Paris, a 07/02/1884.

- Marcos Francisco da Silva (Padre)
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia da Vila do Príncipe da Comarca do Serro Frio.

- Marcos Vaz Mourão (Padre)
Foi Deputado à segunda Junta Eleitoral de Minas Gerais, reunida em Vila Rica, em 1822, representando a Freguesia de Rio Vermelho da Comarca do Serro Frio.

- Maria da Cruz (Heroína do Sertão)
Esta importante personagem feminina do Serro Frio, casada com Salvador Cardoso de Oliveira, enviuvou-se ainda nova, com três filhos, quando assumiu a administração da Fazenda do Capão, imenso latifúndio que se perdia no extenso sertão do Rio São Francisco, entre Minas e Bahia. Mostrou sua liderança, ampliando a fortuna da família e preocupando-se com a educação do povo. Instados a pagarem o "quinto", os moradores do Brejo do Salgado se amotinaram e tomaram o Arraial de S. Romão, em 24/06/1736, sob o comando de Da. Maria da Cruz, seu filho Pedro Cardoso de Oliveira e seu cunhado, Domingos Prado de Oliveira, destituindo os governantes, constituindo novas autoridades revolucionárias e ali permanecendo por vários meses. Destacamentos de Dragões foram enviados da Vila do Príncipe e de outros arraiais do Serro Frio, comandados pelo Tenente Simão da Cunha Pereira, que não encontrou resistência. Presos os revoltosos, o Intendente do Serro, Des. Francisco da Cunha Lobo tirou a devassa dos acontecimentos e a mandou ao Governador, juntamente com Da. Maria da Cruz e os principais comandantes. Mas, apesar de outras devassas, interrogatórios e protelamentos, a revolta havia conquistado a simpatia de muitos brasileiros, não se encontrando registros do julgamento. O certo é que Da. Maria voltou para suas fazendas (hoje município de Pedras de Maria da Cruz) e retomou a epopéia de liderar a nascente sociedade do sertão mineiro, tendo, porém, de conviver com a dor de ter seu filho degredado para o Rio Sene, conforme consta na "Memória Histórica" de Cláudio Manuel da Costa. 

- Maria do Ouro Fino (Maria Angélica de Jesus)
Nasceu no século XVIII e tornou-se um mito dos mais fascinantes na vida do Serro. Era tia do Inconfidente Padre Rolim, o qual acolheu no refúgio de sua fazenda, em Santo Antônio do Itambé (Grota do Padre), após a descoberta do movimento pela Coroa Portuguesa. Tentando conseguir o perdão para o sobrinho, presenteou a Rainha D.Maria I com um cacho de bananas confeccionado em puro ouro, mas não o livrou do exílio. A sua beleza, riqueza e crueldade com os escravos, acabaram por transformá-la numa das maiores personagens da Vila do Príncipe. Maria do Ouro Fino morreu em 1828. 

- Miguel Cardoso (Maestro)
O Maestro Miguel Cardoso nasceu no Serro, em 1875 e completou os estudos musicais em Milão. Depois, lecionou música no RJ, na Escola Normal, no Instituto Benjamim Constant e no Instituto de Música. Entre diversos outros trabalhos de valor, deixou a ópera "Ramo de Ouro" e uma "Gramática Musical", das mais conhecidas e conceituadas de sua época.