Gírias antigas

25-02-2011 11:08

    Gírias diamantinenses: Pagar a cabrita é dar ou oferecer bebidas, quando alguém é agraciado com uma nomeação qualquer, faz anos, é elogiado, etc. Amarrar-se é o gesto de uma mortal quando pede casamento, e se diz: vai amarrar-se...; ou ficar preso... enforcar-se...

    Estar pisando, apertado, que significa um indivíduo em apuros, comprometido, embaraçado; Quera, Guancha, no sentido de feio, palerma, incapaz de agir, de produzir , que faz tudo mal feito; Patife, quando é fraco, pusilanim, medroso, etc, em vez de brejeiro, maroto; Fintar não pagar que deve, quando fintar significa impor finta a...; Nesta cidade, na parte alta, existe uma rua ou coisa que pareça, com nome de Rua do Fintador, porque ela passam os que devem e não pagam a seus credores da rua de baixo.

    Encher o picoá (vocábulo indígena), que significa tirar fininho, namorar; Tomar melosquete, beber aguardente (cachaça); Virar a casaca, abandonar um partido e filiar-se a outro; Entupir, arrolhar, não deixar falar; Azedo, quando alguém está nervoso, encolerizado; Lavar a tábua, quando foi recuperado pelo pai da namorada o pedido de casamento. Voz de Dtna, 1949.