O tesouro do Isidoro

26-05-2012 15:24

Conta Anatólio Alves de Assis que o sargento José de Oliveira Décimo, do 3º Batalhão de Diamantina resolveu procurar o que Isidoro guardou em uma furna naquela serra.
Numa determinada noite de lua cheia, ele e mais dois amigos se abarrancaram e desceram em uma corda até o fundo da lapa. Em seguida José de Oliveira pediu a Isidoro que fizesse sua alma aparecer e mostrasse onde estava o tesouro, pois pretendia distribuí-lo com os pobres de Diamantina.
Subindo a lapa tudo começou a tremer. Ruídos estranhos se fizeram ouvir, como se alguém estivesse a arrastar correntes. Também o rumor dos açoites estão  no ar misturados com lamentos e gemidos, como se um infeliz estivesse sendo supliciado com incrível ferocidade.
A voz de Isidoro faz revelações a José de Oliveira. Diz que sua prisão se deu em conseqüência de uma traição, tendo ele sido delatado por parentes de um de seus seguidores; que sua mãe nasceu em 1758, quando o Cometa Halley cruzava os céus do Brasil e que muitos dos de seus descendentes nasceram quando ele passou em 1834 e 1910; que em 1986 o cometa voltará e que naquela oportunidade revelará o lugar certo do tesouro. Conta-se que o escravo Isidoro enterrou duas garrafas cheias de diamantes de grandes quilates. Tem muitas pessoas que andam procurando por estas garrafas.