O Vinho Diamantinense

15-12-2010 18:50

    No final do século XIX e no início do século XX, todas as casas em Diamantina possuíam um pequeno parreiral nos seus quintais, pois o clima era favorável. Nessa época, a fabricação de vinho caseiro era feita para terem o produto para as ocasiões festivas.

    O maior produtor de vinho na região era o Clero local que possuía as maiores vinícolas como: a Chácara das Missões, onde hoje é a Superintendência Regional de Ensino; os parreirais do Colégio Nossa Senhora das Dores, na Rua da Glória, o parreiral da horta do Seminário Sagrado Coração de Jesus; o da horta dos fundos do Palácio Episcopal; e o da Casa São José, na Rua Jogo da Bola. Os vinhos produzidos nesses locais eram de primeiríssima qualidade, os quais eram destinados ao cerimonial das missas e também á exportação. É que a Mitra financiava os estudos dos seminaristas pobres.

    Além da Mitra, também existiam outras pessoas que produziam vinha na nossa cidade tais como: Pedro Italiano, no alto da Venda Nova; a firma Coelho e Irmãos, na quinta da Mil Oitavas, onde existiam inúmeras qualidades de uvas; e a Fábrica de Bebidas do Brasão que ficava onde hoje á a oficina do Cordoval, no final da Avenida da Saudade. Essa fábrica de vinho era administrada pela saudoso Manoel Alves, a qual também possuía um grande padrão de qualidade.

    Agora, a Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri estão lançando um projeto para produzir vinhos tipo exportação, equiparado aos do Rio Grande do Sul e os argentinos. Tomara que essa iniciativa dê certo e que Diamantina tome seu lugar na fabricação de vinho como outrora.