Os Bate Paus no policiamento de Diamantina
Quando da época da Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, o glorioso 3º Batalhão de Caçadores de Minas Gerais, sediado em Diamantina, seguiu para a Serra da Mantiqueira para combater os inimigos paulistas, que queriam separar-se do Brasil.
Aqui em Diamantina, criou-se uma milícia para policiar a cidade. Os soldados desta força "policial" era composta pelos operários da Prefeitura Municipal de Diamantina e pessoas comuns da sociedade, que na maioria eram analfabetos de pai e mãe, mas estavam embuídos de poder da polícia.
A roupa desta milícia, era roupa comum do cidadão. O que diferenciava era um cinturão largo com uma grande fivela envolto na cintura e um porrete de três folhas que funcionava como cacetete.
Eles patrulhavam as praças, as ruas do centro da cidade e também a periferia, além do Beco do Mota, onde funcionavam o meretrício de Diamantina.
Realizavam inúmeras prisões, que na sua maioria eram arbitrárias. Nestas detenções usavam de extrema violência, prendendo bêbados e arruaceiros, que muitas vezes tinham os braços quebrados por porretadas, dadas por estes "policiais" que jogavam os detentos nas celas da cadeia do Largo do Rosário aqui na nossa cidade.
Com o término da Revolução de 1930, os Bate Paus, foram absorvidos pela nossa gloriosa polícia militar, integrando-os na suas fileiras.
Tempo de revolução, tempos difíceis.