Os dialetos africanos em Diamantina

06-12-2010 16:22

     Nas lavras de diamante do Tejuco, nos séculos XVII, XVIII e XIX, utilizou-se a mão de obra escrava de inúmeras etnias do continente africano.

    Com os escravos, vieram muitos dialetos e outras manifestações culturais como cantos, canções, lendas, valores espirituais, crenças religiosas e conhecimentos da medicina popular. O dialeto Kimbundu, largamente falado no quilombo do Indaiá, perto do distrito de São João da Chapada, pertencia ás vastas famílias das línguas banto.

    Os negros que trabalhavam nos garimpos entoavam canções africanas, o vissungo.

    Grande parte da reminiscência linguistica de origem africana em nossa região está presente nesses cânticos. Outros remanescente do vissungo era praticado pela família "Passa Quatro", oriunda da localidade de Canudinho, no antigo sitio da Dona Ãngela Almeida, no lugarejo da Bandeirinha. Nessa família, quando nos tempos de festas, os mais velhos entoavam cãnticos africanos.

    Nas festas religiosas que são realizadas em Diamantina e região, os descendentes africanos conservam o dialeto dos vissungos. No entanto, a maioria desconhece o conteúdo semãntico do que está sendo dito.