Os dialetos africanos em Diamantina- Ademir Pão

06-12-2010 16:41

     Nas lavras de diamantes do Tejuco, nos séculos XVII, XVIII e XIX, utilizou-se a mão de obra escrava de inúmeras etnias do continente africano.

    Com os escravos, vieram muito dialetos e outras manifestações culturais como cantos, canções, lendas, valores espirituais, crneças religiosas e conhecimentos da medicina popular. O dialeto Kimbundu, largamente falado no quilombo do Indaiá, perto do distrito de São João da Chapada, pertencia ás vstas famílias das línguas banto.

    Os negros que trabalhavam nos garimpos entoavam canç~~oes africanas, o vissungo.

    Grande parte da meiniscência línguistica de origem africana em nossa região está presente nesses cânticos. Outro remanescente do vissungo era praticado pela família "Passa Quatro", oriunda da localidade de Canudinho, no antigo sítio da Dona Ângela Almeida, no lugarejo do Bandeirinha. Nessa família, quando nos tempos de festas, os mais velhos entoavam cãnticos africanos.

    Nas festas que são realizadas em Diamantina e região, os descendentes africanos conservam o dialeto dos vissungos. No entanto, a maioria desconhece o conteúdo semântico do que está sendo dito.