Revoltosos na Ponte de Mendanha
25-07-2015 22:36
824 – A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1842, EM MINAS GERAIS (5/6)
19/10/2011 às 17:01
1 - PRINCIPAIS VITÓRIAS DOS REVOLUCIONÁRIOS
Ponte do Mendanha, a 18 km de Diamantina, em 23 de junho de 1842; Primeira Batalha de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete), em 4 de julho; Caeté, em 2 a 7 de julho; Ocupação de Sabará, em 8 de julho; Segunda Batalha de Queluz, em 26 de julho; Batalha de Lagoa Santa, em 4 de agosto; Batalha de Sabará, em 12 de agosto
2 - PRINCIPAIS VITÓRIAS DOS LEGALISTAS
Combate da Vila do Pomba, em 25 de junho de 1842; Combate da Vila do Presídio (atual Visconde do Rio Branco), em 25 de junho; Vitória da1a Coluna do Exército, em Rocinha da Negra, a 5 de julho; Vitória da 2a Coluna do Exército, em Rio Novo, a 7 de julho; Campo do Caju (próximo a Oliveira), em 11 de julho; Mercês do Pomba, em 12 de julho; Vitória da 3a Coluna do Exército, em Serra Negra, em 15 de julho; Vila do Araxá, em 20 de julho; Ocupação de
Barbacena, em 23 de julho; Ocupação de Ouro Preto, em 25 de julho; Ocupação de São João Del Rey, em 1º de agosto; Batalha Final, em Santa Luzia, onde chefes revolucionários foram presos, a 20 de agosto de 1842.
Fato pouco divulgado foi a participação, nos combates de Queluz, do jovem BernardoGuimarães, mais tarde grande poetae romancista, autor do famoso livro “A Escrava Isaura”. Colhemos a informação com seu neto, o saudoso historiador de Itajubá, José ArmelimBernardo Guimarães. O futuro escritor Bernardo Guimarãescontava apenas 17 anos e eraestudante em Ouro Preto. Foi convocado para as forças legalistas,bem como seu irmão, seminarista do Caraça. Bernardo Guimarães e um colega de Ouro Preto, de apelidoGutemberg, foram incorporadoscomo artilheiros do único canhão do Exército da Legalidade. Até que Bernardo Guimarães participou com valentia da Batalha de Queluz, mas quando o canhão ficou inoperante,encravado, ele e o irmão,
a duras penas, conseguiram fugir para Ouro Preto, a pé, amargando um medo indescritível, em louca carreira pelo meio do mato, fugindo dos atiradores de Alvarenga e de Galvão. Os legalistas perderam seu artilheiro, e a literatura brasileira ganhou um de seus expoentes. A vitória dos Revolucionários, em Queluz, na Batalha de 26 de julho de 1842, foi a mais representativa para Minas Gerais, em todo o movimento. Depois da queda de Queluz, todas as forças revolucionárias nela se concentraram, mudando o acampamento de Engenho de Cataguases. José Feliciano transferiu para Queluz o seu QG e ali ficou inativo, nos dias 27 e 28 de julho. A marcha dos revolucionários para Ouro Preto, naquele mesmo dia, precedida dos fugitivos de Queluz, teria sido fácil, com a capital aturdida e com suas forças desfalcadas.