Um Ermita na Vila do Príncipe

20-06-2011 09:55

    João Lourenço, um eremita, dizendo ser filho de D. João V e de D. Mariana Vitória da Áustria, chega ao lugarejo da Vila do Príncipe, nos fins do ano de 1714. O seu propósito era socorrer o povo traído, devido aos altos impostos, imposto pelo Estado Português e a Igreja.

    Também neste seu propósito, ele queria fundar o quinto império do mundo, que é falado na Bílbia. este seu reino duraria mil anos.

    Neste império insentava do pagamento todos os tributos e dízimoa, além dos pardos, índios e negros, que não poderiam ser mais escravizados. Determinava ainda que a posse das igrejas caberia aos seculares, e não mais aos cléricos.

    Restariam aos cléricos apenas os cuidados com os ofícios divinos.

    João Lourenço, propunha liderar uma rebelião que atacava o poder monárquico e o da Igreja na região.

    Esta rebelião popular não aconteceu e João Lourenço foi preso.

    Não tendo inquisição, na Vila do Príncipe, coube ao Vigário local, o padre Miguel de Carvalho Almeida de Matos, encaminhar para Lisboa a denúncia contra o herético eremita.

    Na carta denúncia, falava que o acusado pedia esmolas, fazia via sacras e convidadva as pessoas para fazerem a rebelião. Nestas romarias ele incitava os escravos para entrar na guerra contra os brancos. A prisão e o fracasso da insurreição provocaram grande perturbação no eremita.

    A resposta da inquisição, chegou ao Serro Frio em 9/3/1753, onde na avaliação entenderam que o acusado sofria de loucura. Por isto foi-lhe concedido a liberdade e a devolução dos seus bens.

    Na história de Diamantina, não há registro que esse eremita, teve andando pela cercanias do Arraial do Tejuco.