Curiosidades locais

28-09-2013 12:41

 Em Diamantina, anteciparam a propaganda de um candidato não indicado ou escolhido ainda pelo partido a que pertence.

 O pior, que fizeram essa propaganda , sujando com piche as pedras e capistranas da cidade, sistema antigo e de bárbaros, que a nossa civilização reprova e repele...

 Agiram certamente, pela madrugada apresentando-a ausência da polícia e dos olhos compridos das corujas, que só aparecem cedo aos domingos.

 Em Diamantina, costume muito antigo quando num lar, vinha á luz  gente nova, atacava-se uma girandola, que significava regosijo dos pais da criança. Hoje, porém, com a falta de temor de Deus, as coisas mudaram; as árvores não querem dar frutos  e, para isso, aplicam a formicida "Tatú" ou o sistema que a Igreja condena.

 

 Em Diamantina, antigamente, estudavam todos os seus filhos e muitas de cidades longínquas que vinham a cavalo, cultivar nesta cidade, as letras, quando ela era iluminada a azeite fumarento, e querosene ou a luz de carborêto, não possuía estrada de ferro, carros, nem rádios, avião, etc.

   Nela a Atenas do Norte, como a chamavam, brilhava a inteligente mocidade, sequiosa de instrução, nas letras e ciências; no entanto, hoje, refletiam bem, os pais diamantinenses precisam abandonar o berço, mudar-se para a capital, para educar os filhos que estão crescendo.

 Não tem graça isso?

 Se o rubula o Bento Epaminondas, ainda existisse, diria com espírito: "A humanidade é incontentável!".

 Em Diamantina antigamente, quem usava o óculos era chamado de "doutor"! Hoje, porém, após o progresso, usam os que também não são.

 Pois, não é sabido que até nos cavalos e vacas aplicam óculos verdes, para aprenderem a comer alfafa?

 Em Diamantina, continua no Cine Trianon, quarta feira, principalmente aquela orgia, que nenhum cristão educado suporta, e que a polícia bem podia coibir.

 Pois não é que até uns doutor acompanha a orgia, promovida por molequinhos e molecões, quando, durante a projeção, surge qualquer anormalidade?

 Nos Estados Unidos a educação faz gosto!

PILUS, VD, pág. 3, nº 45, Diamantina, 1946.