Queriam derrubar o Velho Mercado

16-03-2011 22:55

O assunto atual e predileto em todas as rodas, nos bares e cafés da cidade, é o caso do Mercado Municipal.

Realmente, o povo diamantinense não compreende como um homem inteligente e culto, acostumado a apreciar e valorizar obras de arte, antigas, artísticas e históricas em nosso país, procure nos convencer de que o Mercado de Diamantina é obra de grande valor e merecimento, pela sua antigüidade e confecção artística. Parece-me difícil demonstrar-se que aquele rancho de tropas, que passou a denominar-se Mercado, com o título popular de Barracão pelo seu aspecto e construção sem gosto, chata e desajeitada; e casarão que não conta sequer meio século de existência, jamais poderá se transformar num mercado decente e higiênico, frequentável até por senhoras, como os há muitos em inúmeras cidades do nosso Estado. Não é de hoje que a nossa população reclama dos poderes municipais um mercado digno do conceito de que goza seu nome; entretanto, agora, justamente, quando se nutria a esperança da construção de outro, senão modelar, mas, ao menos, decente e dotado dos requisitos de higiene, teme-se, com justa razão, a permanência daquela arcabouço sem estética e infecto, cujo aspecto nos expõe a crítica e sagrada os que nos visitam. E esgotados que sejam os protestos de um povo que, segundo parece, não perdeu ainda o direito de pedir e rogar, como se conservar aquele casarão?

Edificado outro mercado, porque, daquele Diamantina já tem náuseas secas, como conservar essa obra de arte, artística e histórica, que tanto encantou o Sr. Diretor do Patrimônio Nacional? Não sendo mais mercado, como conservá-lo aberto, á roda? Toda a vida não poderá ser vigiada, e ficando em abandono, notai bem, leitor amigo, virá a prestar-se para muita coisa..., que o nosso povo não permitirá jamais, a bem da higiene, da saúde pública e da moral.