Semana Santa em Diamantina

20-04-2011 20:50

    A Semana Santa é a semana em que rezamos os mistérios, os juramentos, da condenação da morte e Ressurreição de Jesus. É uma das mais tradicionais festas religiosas de Diamantina, que ocorre desde dos tempos coloniais. A Semana Santa em Diamantina é uma profunda viagem de fé e peregrinação na vida de Jesus. Os quadros vivos, os tapetes de ruas, a banda de música orquestrando os passos da Paixão composta pelo compositor Lobo de Mesquita, a guarda romana na sua coreografia ritmado com o toque da banda de música, emociona a qualquer e nos permite a viver os momentos finais de Cristo  e depois a alegria da Sua Ressurreição.

    Procissão das Dores

Incia-se as comemorações da Semana Santa em Diamantina com a procissão de Nossa Senhora das Dores, também chamada de Nossa Senhora da Piedade, pois é a figura de Maria na dimensão do sofrimento e da dor e sobretudo acompanhando o Cristo no caminho do Calvário, e , com sua presença física acompanhando a morte de seu Filho. Ela aparece como figura importantíssima na Semana Santa.

  Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos tem sua origem bíblica, porque está ligado ao fato da entrada de Jesus pela última vez em Jerusalém quando o povo em geral o aclamou, cobrindo o chão através do qual ele passaria com ramos, marcando assim sua chegada solene. Em Diamantina, nas ruas enfeitadas de ramos exalando os aromas típicos, as pessoas de fé seguindo a procissão ao som da banda de música faz com que a cidade seja um cenário de Jerusalém.

Procissão do Encontro 

Na porta da Catedral Metropolitana celebra-se o Sermão do Encontro onde se narra quando Maria encontra seu Filho, logo após o início a Procissão dos Passos, onde o Nosso Senhor é levado para a Igreja de São Francisco e Nossa Senhora para a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. 

 

Cerimônias do Lava Pés

Dia em que Jesus nos deixou o mandamento do amor, o mandamento da caridade, do amor fraterno e ele fez isso, neste gesto simbólico mas muito significativo, lavando os pés dos apóstolos, demonstrando a simplicidade e humildade com que devemos agir com nossos semelhantes.

Via Sacra

Significa Caminho Sagrado, é o caminho que Jesus percorreu de Jerusalém até o Calvário para ser morto. Surgiu de devoção do povo, provavelmente na Idade Média. E ela ainda hoje existe é como uma recordação do celebrar os mistérios da caminhada de Jesus do Palácio de Pilatos até o Calvário. Procura-se hoje colcoar um lado voltado para o passado, transportar o passado, aquele fato, aquele momento, para o hoje da nossa história . É  importante ligar fé e vida, a história do passado com o presente. A Via Sacra, hoje muitas vezes é representada nas ruas históricas de Diamantina com os figurantes e os fiéis que acompanham.

Sermão do Descendimentimento da Cruz/ Procissão do Enterro

    Tradicional  Sermão do descendimento da Cruz, na porta da Catedral. Saindo logo após a procissão do enterro acompanhado por figuras bíblicas e pela Guarda Romana que dá um brilho especial á procissão, transportando fiéis ao sacríficio de Cristo, seguindo o coretejo pelas ruas centrais acompanhado pelo Coro de Eus e Maria Beú, personagem mais tradicional do que propriamente histórico, fruto da imaginação, da criatividade. No nosso contexto aqui em Diamantina, ela aparece cantando o canto tirado doa texto de Isaias, chamando atenção para o sofrimento do Cristo, pois a frase que ela canta em latim ou em português, aqui em Diamantina em latim, é um apelo - "Ó Vós godos que passais pela estrada, olhai e vede, se tem uma dor semelhante a minha!" - é uma profecia de Isaias que cabe muito bem na vida de Jesus, e Maria Beú, é a figura que em diversos pontos no trajeto da procissão, canta este canto entoando louvores ao Messias. Sempre após o canto vem a resposta dos dois coros, chamados Coro de Éus, onde as mulheres se vestem todas de preto sempre com um véu preto cobrindo o rosto, de um tempo para cá aboliu-se o preto e optou-se pelo roxo e branco e o rosto já não permanece mais encoberto.

    Ao final da Procissão do Enterro a Guarda Romana faz uma apresentação belíssima, encerrando a procissão.