A vinha

datas memoráveis de Diamantina

07-01-2013 10:11
Datas Memoráveis da vida de Diamantina, desde os tempos coloniais.    Descobrimento do Distrito Diamantino - fim do século XVII. Criação da Freguesia Civil  e Eclesiástica do Tijuco  - 6 de setembro de 1819. Resolução do governo de D. Manuel de Portugal e Castro,...

Fenômeno na Noite de Natal em Diamantina

01-01-2013 16:14
Fenômeno na noite de natal do ano de 2012 observado em Diamantina     Passava de poucas horas da noite do dia 25 de Natal do ano de 2012. Sentado eu, minha esposa e minha netinha na quadra da Praça Doutor Prado, fazia poucas horas que a lua iluminava o céu. Esta noite o céu...

Enforcamento em Diamantina

01-01-2013 15:57
Enforcamento em Diamantina    Quem diria? - o pitoresco  Bairro do Rio Grande, onde hoje se cuida da vida espiritual dos homens e se prodigaliza a caridade aos velhinhos desamparados, justamente ao alto da rua do Areão, era o ponto em que, nos antigos tempos de Diamantina, se...

Cinema

10-10-2012 17:29
 O Cine Trianon inaugurou á noite do mês de março de 1956 o Cinemascope. Para o cinema da época foi  um progresso. Com essa técnica a tela podia se expandir. Foi apresentada com a inauguração o filme "Duelo de Paixões". Alguns críticos da época, principalmente os conservadores e da ala...

Sopa

30-09-2012 23:09

João meu amigo

30-09-2012 23:08

Fragmentos Móveis Fhist

30-09-2012 22:55

Dança das nuvens

30-09-2012 22:53

Os embates em Mendanha - Revolta de 1842

11-09-2012 18:37
Ao comando Superior da Guarda Nacional do Serro. – Extrato do ofício do Coronel da Legião da Diamantina em que deu parte do encontro com os rebeldes no sítio do...

Estrada Real

21-05-2012 17:52
Os repórteres Lucas Rodrigues e Mauro Zambroti percorreram a rota do ouro e dos diamantes, formada por quatro caminhos: o Velho, o Novo, o Sabarabaçu e o Caminho dos Diamantes. Conhecido como “Estrada Real”, eles foram abertos pela Coroa Portuguesa, para ligar as antigas regiões das minas e das...
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Curiosidade do Carnaval antigo

    O rei momo veio, aquele mesmo já nosso conhecido; mas, desta vez foi Sua Majestade carregada em padiola pelas rua cententária da cidade. Que bonito!...

    Tivemos dois carros alegóricos, bem organizados; e a celebre Banda do Sapo Seco deu a nota com suas originalidades, saindo com um jumento; velho e manso, no qual se via amontado um boneco cujo rosto bem caracterizado, apresentava o retrato de Hitler, - o terrivel alemão, que assombrou o mundo...

    Essa figura exótica foi queimada, duas vezes, por avião, em praça pública.

    A banda apresentou suas figuras vestidas de pano de saco de estopa, aludindo á crise aterradorea das fazendas, que vai ameaçando o mundo a convertê-lo pela sua sensualidade da moda num novo paraiso terreal...

    Os cordões estiveram influentes e os bailes, nos dois clubes diversivos locais, "Acayaca" e "Democrata", bastante animados.

    Foi-se, afinal, o carnaval, e quem o viu só de longe, que levante as mãos para o ceu!

    Uma coisa, porém, não deve escapara ao nosso reparo: é que usaram de um brinquedo grosseiro, inconveniente, de atirar polvilho e farinha de trigo nos cavaleiros. Seria efeito da pinga pura?

    Tenham paciência: quererão fazer voltar o celebre entrudo com a caiação, dos antigos tempos?

    Voz de Diamantina, 1946.

        Os diamantes eram reunidos em saquinhos e prontos para serem entregues aos judeus da Flandres (Europa), que foram os que mais lucraram com sua lapidação e comércio.

        Ameaçados constantemente pelo despotismo das leis e da perseguição do governo real, ameçados pela fome, de degredo, de açoites e de confisco, apavorados com receio de desagradar o rei de Portugal, os negros e mulatos do Serro Frio souberam resistir heroicamente  refugiando-se  nos quilombos encravados nos cumes de serra, inserindo nas matas e nos sertões garimpando os diamantes que pertenciam á Coroa portuguesa.

    Martinho de Mendonça, de acordo com Rafael Pires Pardinho e com o placet de D. André de Melo e Castro, delimitou a Demarcação das Terras Diamantinas que ficaram assinaladas por seis marcos padrões:

1º -  Na barra do rio Inhaí.

2º - No córrego das Lages, uma légua acima da barra.

3º - No penhasco da Serra do Ó.

4º - No morro chamado das Bandeirinhas.

5º - Numa pedreira da Tromba da Anta.

6º - Na cabeceira do Rio Preto.

    Ampliação da demarcação de limites das Terras Diamatinas, sendo: - "Começando nas cabeceiras do rio Paraúna até cortar pela serra dos Pousos Altos, que fica a quatro léguas, e seguindo até o morro do Itambé que são seis léguas, se passa para as cabeceiras do rio Jequitinhonha do Mato, que distam quatro léguas, e daí ás do Jequitinhonha do Campo, mais légua e meia. Corta-se então pela serra que vai sair ao Rio Manso o que forma um espaço de oito léguas; busca-se o serviço chamado da Cangica o qual está dali a três léguas e neste lugar se atravessa o rio Jequitinhonha, seguindo por fora do arraial do Inhaí que fica adiante quatro léguas, e saindo pela serra de Caeté mirim até a cabeceira do rio Pardo Grande, que são seis léguas, se anda por ele abaixo dez léguas até a Contagem do Rebêlo aonde há uma cachoeira chamada do João Antônio, que ali faz extrema; passa-se o rio á outra banda, procurando outra cachoeira que há no rio Pardo Pequeno em uma fazenda chamada a Forquilha, e este intervalo é de cinco léguas; dali se caminha doze até o sitío chamado Bandeirinha, subindo pelo dito rio Pardo Pequeno acima; busca-se então o arraial de Gouveia, que são quatro léguas e del se vão encontrar já de volta as cabeceiras do rio Paraúna."

    O rio das Pedras, depois de um curso de dez léguas, junta-se ao Ribeirão do Inferno num local chamado Itaipaba, formando assim o Jequitinhonha, cujo curso integral estava sujeito ao regimem especial da Intendência.

    O primeiro Registro ou Patrulha era no Rio Manso, o segundo em Santa Cruz, o terceiro num local denominado Passagem do Ventura, o quarto em Simão Vieira, o quinto em Conceição, o sexto sobre a passagem da estrada que levava a Bahia, o sétimo em Tocaias, o oitavo no Rio Pardo chamado Sertão.

    esses destacamentos de soldados se achavam distribuidos por uma extensão de cento e cinquenta léguas e moravam em casebres cercados de palissadas de madeira denominados "quarteis de guarda".

    O rio Jequitinhonha pela grandeza era muito perigoso acreditavam que havia monstruosas cobras "que tem em si chamadas de Sucuriúbas. Estas são algumas de vintes varas de medir, e grossas quási como um homem e comem os engros que apanham nas tais paragens e laçam gados e cavalos e tudo o mais que vai á beira daquele rio. E chamam a estas cobras, em língua da terra, Mãe D'Água, basta dar-se um tiro ao pé da água para ela começar de fazer estrondos e a água aparências de preta."

    "Dá-se este nome a um tabuleiro grande que tem de vinte a vinte e cinco palmos de comprimento, de três até quatro de largura e de um meio até dois de altura. O bolinete se pode considerar como uma grande canoa e á maneira delas tem só tapada uma das cabeceiras. A que não o é se chama também de rabo de bolinete, como sucede igualmente nas canoas de lavar. Sobre este bolinete se faz cair uma grossa bica de água e enrndo nela seis negros que vão mechendo o cascalho com os seus almocafres, se tiram as pedras mais grossas e vão disfazendo as piçarras ou barros e apurando-se o ouro que o cascalho tivesse na cabeceira do bolinete. Pela outra, destapada, correm as pedras e areias miúdas par dentro de um tanque fechado de onde se transportam para as canoas, e nleas se faze a apuração e escolha dos diamantes."

    Ao fim do dia aquele cascalho com esmeril é tampado e vigiado á noite para que ninguém o furta.

    Era um feitor para cada oito negros.

    É interessante a forma que os negros manejam e exercitam os feijões e os grãos de milho, "os quais atiram de longe para a boca e deste modo se habituam a recebê-los para os engulirem. Também os metem na boca havendo-os primeiro palmado ou escondido entre os dedos, e logo que disto se pode ter alguma desconfiança se lhes sacam do ventre á força de clisteres de pimenta malagueta". "Os negros se podem amassar os diamantes com barro ou piçarra, lançam-nos fora, marcando a paragem onde cairam para depois os irem buscar e extrairem as pedras. Quando não podem furtar o diamante pela vigilância do feitor, o encostam á cabeceira da canoa e o cobrem de esmeril para tentarem de noite vir tirá-lo. Como todos os negros andam nús durante o serviço das lavagens, aonde só se lhes permite estarem cobertos com a sua tanga, que é um pedaço de baeta envolto á roda da cintura, nesta baeta cozem eles um bocadinho de outra, que visto parece um remendo, mas lhes serve de bolsa para meterem o diamante quando acham qualquer ocasião para furtá-lo." "Também para isso apegam á mesma tanga um bocadito de cera da terra que é mole, na qual enterram o diamante depois de havê-lo palmado, para fazê-lo mais seguramente, e fingem nessa ocasião alguma necessidade corporal."

    "Depois de palmado o diamante o que eles fazem tão destramente como qualquer curioso de peloticas, algumas vezes o introduzem no nariz, no ato de tomarem tabaco, e o sorvem até ele vir ter á boca para o engulirem." "Os negros palmam os diamantes até com os dedos dos pés, aonde os conservam ás vezes horas inteiras, e os levam neles para as senzalas."  "Outros metem um bocadito de cera preta e mole atrás das orelhas e, fingindo que se coçam, depois de palmado o diamante o metem na dita cera da qual se servem igualmente pondo-a nos cabos e olhos dos almocafres e, palmado o diamante, o introduzem nela para buscarem ali no fim do trabalho." " Também deixam crescer as unhas das mãos para com elas fisgarem os diamantes pequenos."

    "O Contratador, a quem não era oculto, este tráfico universal, vacilava no modo de evitar, pois se queria usar o castigo que as leis lhe permitiam, temia de encontrar na boca de todos de que era o primeiro que usava os maiores contrabandos e além disso, como as leis dos castigos em tal caso tanto se entendiam contra o Contratador como contra os particulares, e a Devassa estava sempre aberta, ele era só e eles muitos; para que muitos o não criminassem, tomava ele o partido de não criminar ninguém, e isto se chamava de  dissimulo."

    "Foi prejudicialíssimo o expediente que tomou o Administrador João Fernandes de Oliveira de mandar por negros de sua facção comprar os seus próprios diamantes, que de dia lhe furtavam, com a segurança de não serem descobertos os ladrões." ( Do livro História dos Diamantes nas Minas Gerais, JUNIOR, Augusto de Lima.

     O Rio Jequitinhonha recebeu outros nomes:  No início do seu descobrimento foi chamado de Massagano no trecho do seu alto curso, depois foi chamado de Rio das Pedras, na parte média e  no lado da Bahia foi chamado de Rio Grande ou Belmonte.  O Rio Jequitinhonha percorre no total de 1.086 km dos quais 888 km são no território mineiro e 198 km no território baiano até desaguar no Oceano Atântico.

    Dizem que antigamente em Diamantina o palco da forca era próximo ao Caminho dos Escravos na redondeza do Bairro do Rio Grande.

    Na Praça Dom Joaquim próximo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o local onde está a auto escola, antigamente foi um pequeno cúbiculo que se chamava de "Oratório", era o quarto onde permanecia o condenado á morte, nos três dias anteriores á execução da sentença na forca, ao lado de um sacerdote que o dava toda assistência e conforto ao condenado. Eu me lembro quando era menino comprava carne neste cubículo que era o famoso açougue do Sr. Osvaldo. Depois que ele morreu, na década dos anos de 1980 desmancharam para construir o imóvel que se localiza nesta praça.

      Nos fundos da Rua do Burgalhau voltada para a Rua do Tijuco, antigamente era o Cemitério dos Enforcados e dos indigentes que morriam.

    Nos anos anos de 1890 devido uma grande seca no Norte de Minas gerou fome e antropofagia, a Câmara Municipal de Diamantina com recursos fornecidos pelo Estado, abrira em diversas ruas e praças da cidade, cozinhas que forneciam comida aos pobres famintos.

    Somente no ano de 1912 cessaram os sepultamentos nas igrejas de Diamantina. Muitos resistiam a serem enterrados no Cemitério Municipal, pois tinham medo de suas almas não chegarem ao céu. Queriam continuarem a serem enterrados nas carneiras ao lado das igrejas por acreditarem que eram solo sagrado e estavam próximo dos santos.